Contraf-CUT debate reestruturação nas Gegex e CSA com Banco do Brasil

Negociação discute processo e Contraf-CUT propõe suspensão imediata

Em negociação ocorrida nesta terça-feira (28), em Brasília, a Contraf-CUT, federações e sindicatos debateram com o Banco do Brasil o processo de reestruturação na Diretoria Corporate Bank (Dicor), envolvendo as Gerências Regionais de Apoio ao Comércio Exterior (Gecex) e os Centros de Suporte do Atacado (CSA).

“Havia a previsão de o banco apresentar dados detalhados sobre quais localidades serão afetadas e quantos funcionários serão envolvidos”, afirma Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.

No início da reunião, a Comissão de Empresa repudiou a atitude do banco em fazer uma reunião com a representação dos trabalhadores e, ao mesmo tempo estar comunicando o processo nos locais de trabalho.

Por falta de algumas informações, a reunião foi interrompida a pedido da Comissão de Empresa para que o BB pudesse trazer dados mais detalhados sobre o processo.

Após a suspensão, o banco apresentou que haverá processos de centralização dos processos nas cidades de Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo.

Essa centralização provocará fechamento ou redução de quadros da área operacional de algumas Gecex e CSA em Fortaleza, Vitória e Caxias do Sul, que ficarão apenas com a área negocial vinculada ao prefixo centralizador.

Sem diálogo com os funcionários

Haverá redução total de 50 vagas nos prefixos de CSA e de 90 vagas nas Gecex, ao tempo em que serão criadas novas dotações em São Paulo (220 vagas), Curitiba (120 vagas) e Belo Horizonte (90 vagas).

O processo de centralização cortará vagas nas seguintes cidades:

– Campinas: 33
– Brasília: 19
– Porto Alegre: 37
– Rio de Janeiro: 30
– Blumenau: 37
– Ribeirão Preto: 3
– Caxias do Sul: 20
– Salvador: 1
– Recife: 12
– Fortaleza: 9
– Vitória: 13

A previsão é de conclusão da reestruturação até março de 2015, sendo que algumas áreas já serão afetadas em janeiro.

A Comissão de Empresa cobrou do banco a quantidade de cargos afetados em cada localidade e as respostas sobre a obrigação de migração para o novo plano de funções. A representação dos funcionários reivindicou o cumprimento do acordo de que nenhum funcionário seja obrigado a migrar para o novo plano com perda de salários.

Os dirigentes sindicais solicitaram também ao banco um diálogo maior para todos os atingidos sejam realocados sem nenhuma perda salarial e que tenham garantia de realocação.

Pedido de suspensão imediata da reestruturação

Após a negociação, a Comissão de Empresa se reuniu e tomou a decisão de encaminhar ao Banco do Brasil, através da Contraf-CUT, um ofício com o pedido de suspensão imediata de todos os processos de reestruturação, considerando que faltam garantias aos trabalhadores e, ainda, por estarmos num momento de transição na empresa, conforme tem sido noticiado na imprensa.

Para Wagner Nascimento, “o BB parece não ter entendido que a palavra mais falada pela presidenta Dilma após a sua reeleição foi diálogo. Esse diálogo não está havendo nos processos de reestruturação. O banco quer apresentar aos trabalhadores pacotes prontos em forma de comunicados, o que repudiamos”.

“O diálogo que queremos estabelecer de forma séria é para proteger os trabalhadores dos traumas que as centralizações e reestruturações causam, com garantia de salário e emprego. Mas para isso temos que conhecer o processo”, salienta o coordenador da Comissão de Empresa.

Para ele, “ficou evidente que os problemas do mal estruturado plano de funções ainda trarão muita dor de cabeça aos funcionários do BB”.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram