CEBB retoma negociações com o banco
Banco do Brasil
Padronização nos protocolos de sanitização de unidades e afastamento de funcionários, teste de todos os funcionários férias e banco de horas negativo, metas, flexibilização do horário são alguns dos pontos em debate
A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu com o banco na sexta-feira (12) para debater uma série de medidas que vem sendo adotas pelo banco em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus. Entre os temas debatidos, estão a padronização dos protocolos de sanitização e saúde dos funcionários, banco de horas negativo, férias compulsórias, metas e flexibilização do horário. A reunião se prolongou e continua na tarde desta segunda-feira (15).
“O banco apresentou dados importante de medidas que vem adotando em conjunto com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) para prevenir o contágio do novo coronavírus e resguardar a saúde dos funcionários, clientes e da população em geral”, disse o coordenador da CEBB, João Fukunaga. “Mas, existem muitos pontos que precisam ser discutidos para evitarmos prejuízos aos funcionários que estão em casa, cumprindo o isolamento social e também daqueles que estão trabalhando”, completou.
A sanitização das unidades, protocolos de afastamentos de funcionários com suspeita de contágio e casos confirmados, assim como dos colegas que tiveram contato com eles, e a cobrança de metas são algumas das questões que envolvem os trabalhadores que cumprem suas jornadas em seus locais de trabalho.
“A não padronização dos protocolos tem levado gestores a tomar medidas distintas para casos semelhantes. Isso prejudica alguns dos funcionários. Também estamos exigindo que todos sejam testados para constatar a presença do vírus”, informou Fukunaga.
Banco de horas
A CEBB também voltou a discutir com o BB a respeito do banco de horas negativo. A proposta do banco é que os funcionários afastados de suas unidades de trabalho que não têm como exercerem o trabalho em home office, tenham que pagar as horas não trabalhadas, sem qualquer negociação sobre a quantidade de horas ou o valor a ser descontado.
“Sobre o banco de horas, existem duas questões. A primeira é que os funcionários estão afastados devido à pandemia. É uma questão de saúde. Não estão de folga. Em outros países, os trabalhadores estão tendo suas horas abonadas por determinação do governo. Aqui, o governo lançou uma MP que permite as empresas a criar banco de horas e descontar os salários dos trabalhadores. A segunda questão é que, pelo nosso Acordo Coletivo, as horas precisam começar a ser pagas já no mês que vem. Isso quer dizer que o banco pode deixar sem salário funcionários que estão afastados por uma questão de saúde pública”, explicou.
Férias
Outro ponto de debate são as férias compulsórias. Funcionários já estão faz quase dois meses de férias compulsórias e, muitos deles terão que, além de terem perdido suas férias, entrar no banco de horas para manter o isolamento social.