Cassi: Novo aumento de coparticipação fere acordos anteriores
Banco do Brasil
Contraf-CUT analisa medidas para garantir cumprimento dos acordos e a defesa dos associados
O novo aumento de coparticipação sobre exames e consultas na Caixa de Assistência dos Funcionários do banco do Brasil (Cassi), aprovado pelo Conselho Deliberativo da Cassi, fere acordos anteriores estabelecidos com as entidades de representação dos funcionários.
Com o aumento, a coparticipação dos associados sobe para 50%, em consultas de emergência ou agendadas, sessões de psicoterapia e acupuntura e visitas domiciliares; e para 30%, nos serviços de fisioterapia, RPG, fonoaudiologia e terapia ocupacional que não envolvam internação hospitalar.
O Conselho também definiu que os valores que ultrapassarem o limite de 1/24 avos do salário, aposentadoria ou pensão serão acumulados e cobrados em meses posteriores. Atualmente, a cobrança fica limitada ao mês em que o serviço é utilizado e não há cobrança dos valores que excedem os 1/24 avos.
“Os aumentos da coparticipação estrangulam os associados que mais precisam. Um dos princípios básicos da solidariedade é justamente amenizar esse impacto. Vamos lutar para o restabelecimento dos valores originais e continuaremos defendendo redução da coparticipação para todos os associados”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, Wagner Nascimento. “Estamos analisando as medidas necessárias para garantirmos o cumprimento do acordo e defendermos os associados”, completou.
Decisão contra os funcionários
Os aumentos de coparticipação e a decisão de cobrança dos valores que ultrapassem os limites de 1/24 avos foram discutidos em reunião realizada no dia 26 de junho, depois de a Contraf-CUT e outras entidades de representação dos funcionários pedirem esclarecimentos sobre as medidas tomadas pela diretoria da Cassi e aprovadas pelo Conselho Deliberativo.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB) já haviam se posicionado contra as medidas e enviado um ofício ao Conselho Deliberativo protestando contra a decisão da diretoria e pedindo voto contrário dos conselheiros e uma carta à Sergio Faraco, representante eleito pelos associados que preside o Conselho Deliberativo, cobrando a rejeição das mudanças.
Também pediram que fosse rejeitada a alteração do acordo firmado, quando da reforma estatutária de 2007, no que se refere ao limitador de 1/24 sobre a base de cálculo da contribuição devida à Cassi, de caráter não cumulativo.
Na época, a revista O Espelho nacional trouxe detalhamentos da proposta. Um material elaborado pela própria Cassi também tratou do assunto. A reforma, na ocasião, foi amplamente debatida com o conjunto dos trabalhadores – veja, ao final da matéria, o gráfico com as transformações trazidas na reforma de 2007. Agora, com esta nova mudança, todo o custo dos procedimentos médicos passa a ser arcado pelos próprios trabalhadores.
Ainda assim, o tema foi aprovado pelo Conselho por 5 votos favoráveis e 3 contrários.
Fonte: Contraf-CUT