Campanha 2008: caravana chega em Assis

Nesta sexta-feira (15/08), quando a Fenaban agenda para 27 de agosto a primeira rodada de negociação referente à próxima data-base de setembro, a Fetec/CUT-SP e os sindicatos filiados promoveram o lançamento da Campanha Nacional 2008 na cidade de Assis.

A atividade integra o calendário de caravanas regionais inaugurado na quinta-feira (14/08), em Presidente Prudente, dois dias depois do lançamento estadual da Campanha, realizado na capital paulista.

A caravana em Assis percorreu, no período da manhã (15), todas as 13 agências da cidade e contou com carro de som, bandeiras, faixas e distribuição de jornais e pirulitos. Além dos bancários, estiveram presentes representantes dos servidores municipais. Houve ampla cobertura da imprensa local.

“A atividade atingiu plenamente o objetivo, mostrando para a sociedade que os bancários têm muito para receber dos ‘chorões’ dos banqueiros”, afirmou o presidente do Seeb/Assis, Hélio Paiva Matos.

Na avaliação do dirigente, a estratégia da Fetec SP é extremamente positiva, pois leva a campanha para a base, favorecendo maior participação do bancário.

As caravanas continuam nos dias 18 e 19/08, na Regional 3 da Fetec SP (Catanduva, Araraquara e Barretos). Em 20 e 21/08, caravana da Regional 2 (Bragança Paulista, Limeira e Jundiaí) e nos dias 25 e 26/08, da Regional 5 (Guarulhos, Taubaté e Mogi das Cruzes).

Principais reivindicações

Índice – reajuste de 13,23% (inflação mais 5% de aumento real

Vale-alimentação – R$ 415 (mesmo valor do salário mínimo)

Vale-refeição – R$ 17,50 por dia

Participação nos Lucros e Resultados (PLR) – três salários mais valor fixo de R$ 3.500, sem teto, nem limitador.

Auxílio-creche – R$ 4 15 (mesmo valor do salário mínimo)

Pisos salariais – aumento progressivo, em três anos, até atingir o piso do Dieese, atualmente estimado em R$ 2.074, sendo incorporado 50% da diferença entre o piso da categoria (R$ 921,49) e o piso do Dieese neste ano, 25%, em 2009, e outros, 25% em 2010. Desta forma, neste ano, o piso da categoria passaria a valer R$ 1.497,75 para escriturários, R$ 1.947,07 para caixas e tesoureiros, R$ 2.321,50 para primeiro comissionado, e R$ 3.369,93 para gerente.

Plano de Cargos e Salários (PCS) – formulação de um PCS para todos. A proposta prevê 1% de reajuste a cada ano de trabalho. A cada cinco anos, esse reajuste será de 2%. O banco é obrigado a promover o bancário pelo menos um nível a cada cinco anos. A proposta de PCS determina , ainda, que os bancos são obrigados a treinar o trabalhador para a nova função por no mínimo 60 dias. E quando houver uma nova vaga, o banco é obrigado a fazer um processo de seleção interna para preenchê-la. Para cada cargo e função, o banco deve apresentar a grade curricular necessária e oferecer o curso aos trabalhadores dentro do expediente. Em caso de descomissionamento do bancário, a comissão será incorporada ao salário integralmente.

Fim da metas abusivas – Os bancários querem interferir nas metas que estão na base da gestão do sistema financeiro. As metas passarão a ser definidas com o movimento sindical, a partir do local de trabalho – agências ou departamentos – e levando em consideração a região, o porte das agências, o número de funcionários, a base de clientes e o perfil econômico local. Devem ser obrigatoriamente coletivas e não individuais, considera ndo a região e número de clientes. Deve ocorrer a redução das metas quando houver a diminuição de trabalhadores.

Contratação de remuneração total – Além do reajuste salarial, os bancários querem regrar a remuneração variável. A reivindicação é de distribuição de 5% da receita de prestação de serviços de forma igualitária entre todos os bancários. O pagamento deverá ser feito após a publicação do balanço trimestral. Além disso, 10% de toda a produção da agência deve ser distribuída entre os trabalhadores da unidade.

Novas conquistas – Auxílio-educação e a criação de um plano de previdência complementar fechado, com gestão compartilhada.

Emprego – Ra tificação da convenção 158; defesa do emprego; cumprimento da jornada de 6 horas; contratação de mais funcionários, estabelecendo efetivo mínimo para o atendimento aos clientes.

Segurança – Instalação de portas de segurança em todas as agências bancárias já no auto-atendimento; pagamento de adicional de risco de vida no valor de 40% do salário para funcionários de agências e PABs.

Reivindicações Políticas

Defesa dos bancos públicos

Ampliação do crédito produtivo para investimentos, principalmente agrícola

Redução da taxa de juros

Regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal (que estabelece o papel do sistema financeiro no país)

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