BNDES veta representantes dos funcionários e negociação não acontece

Trabalhadores não aceitam ingerência do banco que tenta escolher com quem negociar

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A primeira reunião de negociações entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a representação dos funcionários, que ocorreria nesta terça-feira (18), a partir das 14h30, não aconteceu.

A administração do banco, que controla o acesso do aplicativo de reuniões virtuais, não aceitou a entrada na negociação de metade da Comissão dos Empregados, legitimamente homologada na assembleia que os funcionários realizaram no dia 3 de agosto.

“Não podemos aceitar a intransigência do banco, que quer escolher quem serão os representantes dos funcionários”, disse o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius de Assumpção. “O banco tenta impor algo inédito a um processo negocial que tem mais de 35 anos, com um histórico de respeito e diálogo entre as partes”, completou.

Em nota, a Contraf-CUT, sindicatos e associações dos funcionários do sistema BNDES ressalta não haver “dúvida sobre a legitimidade da Comissão do Banco, constituída por empregados da Casa; mas também não aceitamos qualquer ingerência externa sobre quem representa o corpo funcional benedense”.

A nota lembra ainda que, “nos outros bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa, as mesas específicas estão se realizando com a participação dos empregados das instituições, junto com as representações da Confederação” e reitera a disposição dos trabalhadores para negociar e buscar soluções para os conflitos por meio do diálogo.

“Respeitamos a comissão de negociação escolhida pelo banco para negociar em nome da instituição e queremos que a comissão dos trabalhadores também seja respeitada”, disse o presidente da Associação dos Funcionários do BNDES, Arthur Koblitz.

Leia abaixo a íntegra da nota

NEGOCIAÇÃO 2020

BNDES tenta impedir processo de Negociação!

A abertura da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho de 2020 no âmbito do Sistema BNDES, que começaria hoje (18), às 14h30, não aconteceu.

A administração do Banco, que controla o acesso do aplicativo de reuniões virtuais, não aceitou a entrada na negociação de metade da Comissão dos Empregados, legitimamente homologada na assembleia do dia 3 de agosto.

A Contraf-CUT e o Sindicato do Bancários do Rio protestaram de forma veemente contra a intransigência do BNDES na condução do processo, na tentativa de escolher quem vai negociar pelos trabalhadores.

A Contraf-CUT, através do seu vice-presidente, Vinícius de Assumpção, e o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, através de sua presidenta, Adriana Nalesso, reafirmaram aos representantes do Banco e da Fenaban que a escolha de quem negocia pelos trabalhadores é feita pelos próprios trabalhadores.

A direção do Banco tenta impor algo inédito ao processo negocial do BNDES, que já tem mais de 35 anos e um histórico de respeito e diálogo entre as partes.

A direção do BNDES escolheu sua representação, portanto não cabe ao funcionalismo questionar ou vetar a participação de qualquer representante do BNDES neste processo negocial.

Não temos dúvida sobre a legitimidade da Comissão do Banco, constituída por empregados da Casa; mas também não aceitamos qualquer ingerência externa sobre quem representa o corpo funcional benedense.

Nos outros bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa, as mesas específicas estão se realizando com a participação dos empregados das instituições, junto com as representações da Confederação.

O que acontece em toda a categoria também vale para o BNDES!

Se a direção do Banco não tem propostas para apresentar ao corpo funcional, que seja clara e não use de subterfúgios para impedir que o processo negocial aconteça.

Reiteramos a nossa disposição de negociar, buscando sempre as soluções dos conflitos, através do diálogo e na mesa de negociação, como sempre foi nossa tradição!

Respeitamos a Comissão do Banco e queremos que nossa Comissão seja respeitada.

Defendemos a autonomia da Comissão das Empresas e queremos que nossa autonomia e independência também sejam levadas em consideração.

Queremos uma negociação democrática, leal e transparente – como é a tradição desta Casa.

Contraf, Sindicatos e Associações dos Funcionários do Sistema BNDES

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