BNDES: 97% dos funcionários rejeitaram proposta do banco

Banco não quer seguir proposta da Fenaban; quer retirar direitos, dar reajuste zero e atacar organização dos trabalhadores

Imagem ilustrativa

Os funcionários do sistema BNDES deram uma resposta contundente ao banco na assembleia virtual realizada no sábado (29). Do total de votos, 97% rejeitaram a proposta da direção do banco, que prevê retirada de direitos. Apenas 2,57% aprovaram a proposta e 0,22% se abstiveram. A assembleia contou com a participação de 2.292 votos e se tornou uma das maiores da história. O sistema BNDES é formado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, pelo Finame e pelo BNDESPAR.

“No início das negociações, o banco sequer queria reconhecer a comissão de negociações dos funcionários do BNDES, que ratificaram a comissão em uma assembleia que contou com a participação de quase 2.000 funcionários, e, já naquela ocasião, mostraram ao banco que estão unidos em torno das propostas da minuta de reivindicações dos trabalhadores. Agora, pela segunda vez, o banco recebeu uma contundente resposta ao ataque contra seus direitos”, disse o vice-presidente e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, Vinícius de Assumpção. “Esperamos que a direção da empresa reveja a sua posição e atenda as reivindicações dos funcionários para por fim a este impasse”, completou.

Isolado na intransigência

Vinícius criticou ainda o fato de o banco não seguir as decisões tomadas na mesa única de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e tampouco as das negociações específicas do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e demais bancos públicos, onde as direções das instituições recuaram de sua intransigência e avançaram na proposta para fechar os acordos.

“A campanha salarial no BNDES não pode ter um desfecho diferente da dos demais bancos. É preciso respeitar os trabalhadores e todas as suas entidades de representação. O recado do funcionalismo já está dado e foi bem claro: nenhum direito a menos”, concluiu o sindicalista.

Fonte: Contraf-CUT, com informações do Seeb/Rio.

Notícias Similares

Não há mais itens para carregar no momento