BH exige mais contratações na Caixa no Dia Nacional de Luta

Fim à sobrecarga de trabalho e mais qualidade no atendimento
Diante da falta de trabalhadores nas unidades de trabalho da CAIXA, o Sindicato realizou ato durante toda a manhã desta quinta-feira, 6 de agosto, em frente à agência Tupinambás do banco com a participação de bancárias, bancários, mais de 50 concursados aprovados e do vereador Pedro Patrus (PT). Neste Dia Nacional de Luta, os trabalhadores cobram mais contratações para colocar fim à sobrecarga de trabalho e garantir atendimento de qualidade à população.

Durante a manifestação, foi entregue à população uma carta que explica a realidade vivida pelos bancários da CAIXA e todos foram convidados a assinar um abaixo-assinado pedindo mais contratações e a convocação imediata dos aprovados no último concurso.

Devido à falta de empregados nas agências, empregadas e empregados vêm enfrentando inúmeros problemas, como a sobrecarga de trabalho e a pressão para o cumprimento de metas. Esta grave situação, que piorou após milhares de trabalhadores se aposentarem em 2015, tem gerado inclusive o afastamento de centenas de bancários, todos os meses, por problemas de saúde.

A falta de empregados não afeta somente a categoria bancária, mas a população de um modo geral. Um exemplo disso são as enormes filas nas agências, enquanto vários guichês de atendimento estão vazios, já que não há bancários suficientes para prestar atendimento. Esta situação não combina com a importância que a CAIXA tem para a vida de milhões de brasileiros, sobretudo os mais carentes.

Atualmente, a CAIXA tem mais de 80 milhões de correntistas e poupadores. Todos os dias, o banco paga milhões de benefícios do Bolsa Família, seguro-desemprego, PIS, abono salarial e as aposentadorias e pensões do INSS. Em média, cada agência tem 17 trabalhadores, mas há muitas funcionando com cinco ou menos e isto é desumano.

Desde 2003, a CAIXA vem intensificando o seu papel social. Somente em 2014, o banco injetou R$ 689 bilhões na economia brasileira, englobando concessões de crédito, como o pagamento de benefícios sociais, investimentos em infraestrutura própria, remuneração de pessoal e destinação social das loterias.

É importante lembrar também que, durante a grave crise financeira internacional iniciada em 2008, enquanto os bancos privados fecharam linhas de crédito, a CAIXA liberou recursos para manter a economia aquecida, evitando a recessão e o avanço do desemprego.

No ano passado, o lucro da CAIXA chegou a R$ 6,7 bilhões. Só entre janeiro e março de 2015, o banco teve mais de R$ 1,5 bilhão de lucro e estes resultados só vieram graças ao empenho dos empregados e à confiança que milhões de brasileiros depositam na CAIXA há 154 anos.

A presidenta do Sindicato, Eliana Brasil, reafirmou que as empregadas e empregados da CAIXA não podem aceitar que a política “leviana” do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, diminua a importância deste patrimônio do povo.

Para Eliana, “Levy mãos de tesoura”, com seu ajuste fiscal, vem cortando recursos importantes para a viabilização de políticas públicas, penalizando os mais pobres enquanto aumenta os lucros dos grandes empresários.

“A mobilização de empregadas e empregados é fundamental para pressionar a CAIXA a acelerar o ritmo das contratações. Defender o fortalecimento deste grande banco público significa defender o desenvolvimento social e econômico do Brasil, com distribuição de renda, garantindo a expansão das políticas públicas que beneficiam milhões de brasileiros. Permaneceremos em luta para exigir o fim da sobrecarga de trabalho, das pressões e do assédio moral nas agências. Mais empregados para a CAIXA já”, afirmou.

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