BB: Seeb PB decidem nesta quinta-feira se param amanhÆ

(João Pessoa) Nesta quinta-feira, 10 de maio, às 19h, os funcionários do Banco do Brasil se reúnem em Assembléia no Sindicato dos Bancários da Paraíba. A pauta é a análise das formas de mobilização contra as medidas lançadas pelo Banco, na última segunda-feira, 7, sem descartar a possibilidade de paralisação das atividades por 24 horas, na sexta-feira, 11.

 

A diretoria do Sindicato dos Bancários vai percorrer todas as agências do Banco do Brasil na Grande João Pessoa, nesta quinta-feira, para protestar contra a proposta do BB, esclarecer os funcionários e convocá-los para a assembléia. O pacote representa uma falta de respeito ao funcionalismo do Banco, uma vez que foi imposto de cima para baixo, sem diálogo com os bancários.

 

Na versão do Banco, "trata-se de um conjunto de ações de reestruturação para aumentar a eficiência operacional, melhorar a dinâmica da gestão e manter a liderança no mercado, através da redução de custos". Para as lideranças sindicais, é um conjunto de ações que leva à precarização das condições de trabalho, terceirização, redução de funções e demissões.

 

Segundo Lucius Fabiani, Presidente do Sindicato dos Bancários, "são medidas que não atendem aos anseios dos funcionários, estão na contramão dos objetivos do governo e são privatizantes, uma vez que deixam o Banco do Brasil quase pronto para a privatização".

 

O "Pacote da Maldade", como está sendo chamado pelos funcionários, traz umas ações no mínimo preocupantes, como as que destacamos aqui:

 

PEE

O Processamento Eletrônico de Envelopes (depósitos em terminais de

auto-atendimento) vai ser feito pela Cobra, através de um contrato de cerca de R$ 26

milhões. Esse processo dispensa, de imediato, 2.000 caixas executivos;

 

GECON

Serão eliminados 3.600 cargos de Gerentes de Contas e criados 2.500 de Assistentes de Negócios, ou seja, 1.100 gerentes de contas vão "sobrar". E, com essa manobra, o Banco estará burlando a legislação, pois, na prática, o Assistente de Negócio nada mais é do que um escriturário que trabalha oito horas, quando a jornada legal do bancário é de seis;

 

USO

Foram criadas as Unidades de Suporte Operacional, que vão substituir parte dos serviços das URR e acabar com os Núcleos de Apoio aos Negócios do Crédito (Nucac) e isto significa menos 1.000 postos de trabalho para agrônomos, assistentes técnicos rurais e engenheiros civis;.

 

PCR

O Plano de Carreira e Remuneração é apenas uma nova nomenclatura para o Plano de Cargos e Salários (PCS) e vem acompanhado do Plano de Comissões (antigo Plano de Cargos Comissionados), cujos modelos já foram rejeitados pelo movimento sindical, por não atenderem às necessidades do corpo funcional do BB;

 

Classificação de Agências – É uma metodologia muito complexa, mas o modelo asicamente leva em conta a produtividade por funcionário e provoca um efeito gangorra", ou seja, as agências são promovidas num determinado período e caem no eguinte;

 

Substituição

Com essas medidas, o Banco acaba praticamente com toda e qualquer substituição de função, ou seja, ninguém será oficialmente designado para substituir um comissionado que se ausentar. E, como os serviços não podem sofrer solução de continuidade, alguém terá de fazê-lo e sem nenhuma remuneração pela responsabilidade de executá-lo.

 

Uma análise mais detalhada dos itens constantes do plano apresentado pelo Banco do Basil, traz à tona milhares de postos de trabalho que serão ceifados no BB. Por sto que não damos destaque ao programa de aposentadoria antecipada, pois ao indicato interessa a manutenção e a geração de empregos, com qualidade. E a ociedade merece ser bem atendida pelo sistema financeiro, especialmente pelo Banco o Brasil, que tem uma função social; embora esteja sendo desviado dos seus rumos.

 

Por tudo isto, os trabalhadores estão decepcionados com a postura do governo Lula. Com este pacote, o governo descumpre seu compromisso com o Banco do Brasil, profundando um processo deliberado de ‘bradescalização’, com o objetivo de entregá-lo ao capital privado, em detrimento de investimentos sociais", desabafa Marcos Henrique, Secretário Geral do Sindicato dos Bancários e da CUT – Paraíba.

 

Fonte: Seeb PB

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