Banpará cede à pressão da greve e volta a negociar nesta quarta

Depois de 14 dias de uma forte greve do funcionalismo do Banpará em todo o Estado, o banco cedeu à pressão da categoria e respondeu positivamente ao ofício enviado pelo Sindicato dos Bancários dos Pará na última sexta-feira (14) solicitando a retomada da mesa de negociação específica e apresentação de nova contraproposta à minuta dos trabalhadores. A rodada de negociação está agendada para ocorrer nesta quarta-feira, dia 19, às 16 horas, na matriz do banco, em Belém.

“A retomada das negociações com o Banpará é resultado da força da mobilização dos trabalhadores na greve e da pressão que o Sindicato e demais entidades representativas do funcionalismo vêm fazendo junto ao banco e ao Governo do Estado, ou através da imprensa, para que o banco apresente uma proposta que atenda às reais necessidades dos bancários e bancárias do Banpará, e esperamos que isso ocorra já nessa rodada do dia 19”, destaca a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Manter a greve firme e forte

O Sindicato orienta a cada bancário e bancária do Banpará a não cederem ao assédio do banco e seguirem construindo a greve em todo o Estado. É preciso seguir juntos, organizando a greve cada vez mais forte, pois somente assim o banco apresentará uma proposta decente na próxima rodada de negociação.

Resumo da campanha no Banpará

A minuta específica dos trabalhadores do Banpará foi entregue à direção do banco no dia 6 de agosto. Muitas mobilizações foram organizadas pelo Sindicato para que o banco iniciasse o processo de negociação: atos públicos em frente à matriz, reunião com deputados na Assembleia Legislativa, audiência no TRT, carta aberta ao governador, diversos ofícios e uma carta aberta ao presidente do banco, reunião na SEPOF.

Porém, a primeira negociação ocorreu somente no último dia 5, quase um mês após a entrega da minuta e já com a greve deflagrada. Outra rodada de negociação ocorreu no dia 11. Em ambas, o Banpará manteve a postura de somente negociar as cláusulas sociais, já que para as questões econômicas o banco se limitaria a seguir a mesa da Fenaban.

O Ajuste Preliminar, documento que garante a validade do atual acordo coletivo até a assinatura do novo instrumento, somente foi assinado na segunda mesa de negociação com o Banpará.

Após a deflagração da greve, o Banpará vem usando de vários subterfúgios para enfraquecer a luta dos trabalhadores: já tentou liminar de interdito proibitório na Justiça, mas perdeu para o Sindicato; conseguiu um mandato se segurança e vem utilizando esse instrumento para assediar os funcionários a furarem a greve, mas sem sucesso; o próprio presidente do banco agrediu a dirigente sindical e funcionária do Banpará, Odinéa Gonçalves, durante manifestação na matriz da instituição no primeiro dia da greve.

Porém, os funcionários do Banpará têm se mantido firmes e fortes na greve, e não se intimidam com a pressão do banco por entenderem que somente com a luta dos trabalhadores é que será possível arrancar um acordo coletivo que esteja à altura das necessidades do funcionalismo.

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