Banco do Brasil frustra trabalhadores e caso Rio Azul vai ao MP

(São Paulo) Mostrando total desrespeito com os trabalhadores da Rio Azul, durante a segunda mesa de conciliação da DRT (Delegacia Regional do Trabalho), realizada na terça-feira, dia 11, o Banco do Brasil quebrou sua promessa e não apresentou nenhuma proposta para resolver a situação dos ex-funcionários da empresa.

Na primeira reunião na DRT, em 11 de fevereiro, o banco pediu exatamente um mês para trazer uma proposta e recebeu um voto de confiança dos representantes dos trabalhadores, mas não honraram sua palavra. Com isso, o Sindicato vai levar o caso para o Ministério Público do Trabalho.

A Rio Azul prestava serviços para o Banco do Brasil quando faliu. Além de não receberem os direitos trabalhistas e estarem com salários e benefícios atrasados, o trabalhadores sofreram com inúmeras irregularidades: falta de contrato e de registro de trabalho; ameaças para que não procurassem ajuda na justiça ou no Sindicato; confinamento em um quarto durante inspeção da DRT; expediente em finais de semana e jornada acima das 10 horas; não pagamento de horas extras. Depois de a empresa ser extinta, seu proprietário e todos os bens materiais sumiram.

“Nós entendemos que o BB é co-responsável por estes trabalhadores. Não apenas pela questão legal, mas também pelas questões morais e sociais”, diz o diretor do Sindicato Hugo Tomé Aquino, que esteve na reunião. “O caso ilustra como a ‘lógica’ de mercado – pela qual as terceirizações são defendidas – permeia o banco, com prejuízo ao seu caráter público e ao respeito aos trabalhadores de forma geral”, conclui Hugo.

O Sindicato acompanha o caso Rio Azul desde dezembro, quando as denúncias surgiram e foram apuradas. Por conta delas, pediu a audiência de conciliação para a DRT, que já autuou a empresa.

Fonte: André Rossi – Seeb SP

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