Bancários fazem ato na Tec Fort para denunciar abusos e exigir negociação

A Contraf/CUT e o Sindicato dos Bancários de São Paulo fizeram atividade nesta terça, dia 28, na Unidade da Tec Fort, em São Paulo. São cerca de 400 empregados que prestam serviços bancários para o Bradesco, Santander e Safra. As péssimas condições de trabalho, baixa remuneração, jornada de trabalho irregular e a insistência da empresa em não negociar foram destaques na mobilização.

Os dirigentes sindicais cobram da Tec Fort a abertura das negociações para que atendam as inúmeras reivindicações de seus trabalhadores. A última reunião, que deveria ter ocorrido em fevereiro de 2009, foi cancelada pela empresa.

Os empregados da terceirizada possuem remuneração e benefícios inferiores aos demais bancários da categoria. São R$ 555,00 e Vale-Refeição (VR) de R$ 4,00 que não é reajustado há anos. Também sofrem com a sobrecarga de trabalho e as precárias condições para execução das atividades, como o problema constatado na reposição da água, feito com uso de galões.

Sem nexo

Além disso, os trabalhadores cumprem carga horária de 9 horas e 48 minutos, chegando até 12 horas diárias com as extras. “São milhares de transações bancárias feitas todos os dias, recebidas principalmente do Bradesco. A direção da Tec Fort tem conhecimento que aos finais de semana o sistema financeiro nacional não opera, e mesmo assim justifica que a carga horária imposta aos trabalhadores de cerca de 10 horas é para compensar o sábado que não se recebe malote”, explica Lindiano José da Silva, diretor da Contraf/CUT.

No ato foram distribuídos materiais aos trabalhadores, com utilização do carro de som e faixas denunciando o descaso da empresa com seus trabalhadores. “A Tec Fort pressiona os empregados a não participarem das mobilizações, mas não adianta. Já deixamos bem claro a terceirizada que estamos organizados e assim continuaremos, até que consigamos a negociação”, afirma Lindiano.

Para Lindiano, o Bradesco é o responsável pela insistência da terceirizada em não negociar com os representantes dos bancários. “Vamos continuar pressionando a empresa com mobilizações para que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e plenamente atendidos”, finaliza.

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