Bancários discutem plano de reestruturação com Banco da Amazônia

De 206 empregados que perderam a comissão em todo o país no dia 25 de março, 50% destes tinham mais de 25 anos de Banco da Amazônia. As entidades reafirmam que o banco deve ter mais respeito com seus empregados que estão às vesperas da aposentadoria e que dedicaram suas vidas à empresa.

Em reunião realizada na manhã desta segunda-feira, dia 28 de abril, entre as entidades representativas dos empregados (SEEB-PA/AP, Fetec-CN e AEBA) e o GT de reestruturação do Banco da Amazônia, após apresentação dos dados sobre a reestruturação, constatou-se o que as entidades já haviam denunciado: o novo plano de negócios do Banco atingiu, principalmente, os empregados com mais tempo de empresa.

De 206 empregados que perderam a comissão em todo o país no dia 25 de março, 50% destes tinham mais de 25 anos de Banco da Amazônia.

Diante desse quadro, as entidades reafirmaram que o Banco precisa garantir o salário desses trabalhadores que estão às vésperas de se aposentar e que dedicaram anos da sua vida a empresa, pois fica evidente a intenção de substituição desses empregados.

Diante das denúncias recebidas pelas entidades de que o Banco não garantiu o recebimento da comissão na FIP do dia 23 de abril, para quem foi descomissionado, as entidades também cobraram o pagamento da comissão para todos os que foram descomissionados, visto que o manual não prevê nenhum tipo de requerimento para estas situações.

Os representantes dos empregados reivindicaram inclusive que os impedimentos previstos no manual para este recebimento sejam retirados (item 3.5.5, Nota 1).

O Banco informou:

1. Que naquele momento estava garantindo o recebimento da comissão, no período de 2 a 4 meses, dependendo da situação, a todos os empregados descomissionados, independente de requerimento.

2. Os empregados que não quiserem receber a comissão devem se manifestar por escrito.

3. Existe uma proposta da Diretoria do Banco para a retirada do item do manual, que impede a assunção de função comissionada na mesma agência e de mesmo nível e atribuições, que será submetida ao Conselho de Administração e que, se aprovada, soluciona a situação.

As entidades reiteraram a reivindicação de que o vencimento seja pago para todos os empregados sem nenhum tipo de condicionante, inclusive os constantes no manual, como faltas graves ou avaliação de desempenho inferior a Bom (item 3.5.5, Nota 1).

Como a maioria atingida pela reestruturação é a mais antiga dentro do Banco, as entidades reiteraram o pedido de que esses empregados não tenham nenhum tipo de redução salarial e inclusive tenha o valor da comissão incorporado ao salário, para aqueles com mais de 10 anos recebendo a comissão, conforme a súmula 372, do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

As entidades reiteraram também a reivindicação de que as comissões de analistas, que foram criadas para contemplar os técnicos científicos, voltem a ser preenchidas por esse segmento, indistintamente.

Nova reunião foi agendada para o dia 8 de maio, às 9h.

Ato – Antes da reunião com o GT da reestruturação no Banco, o Sindicato dos Bancários do Pará e AEBA realizaram mais um ato em frente à Matriz. Este foi o terceiro protesto que as entidades fizeram contra os impactos do Novo Plano de Negócios.

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