Bancários de Campos dos Goytacazes conquistam quatro reintegrações na Justiça

Eles foram demitidos em plena pandemia

As bancárias Viviane Correa de Souza e Aline Ribeiro Fagundes Vasconcelos e o securitário Joaquim Carlos Marroso Peres retornaram ao trabalho na agência 065 do Bradesco, no Centro de Campos de Goytacazes (RJ), na manhã desta quinta-feira (18). Demitidos no ano passado, em plena pandemia, eles foram reintegrados por meio de ações vitoriosas na Justiça movidas pelo Sindicato dos Bancários de Campos. Neiva Benedita Pereira de Souza, bancária da mesma agência, também demitida no ano passado, terá sua reintegração formalizada nos próximos dias.

Viviane começou a carreira aos 18 anos de idade como escriturária, ainda no Bamerindus e depois HSBC. Quando foi demitida, em novembro, ocupava o cargo de atendente Prime. Aos 49 anos de idade, casada, com filhos e cuidando de uma mãe doente, ela conta que viveu momentos de apreensão nos últimos meses. “Meu marido segurou as pontas, mas não foi fácil. Além da preocupação com meu futuro, me senti jogada fora. Mas agora o que sinto é um grande alívio e gratidão ao Sindicato por todo o apoio”, relata.

Aline, 32 anos, também foi demitida em novembro. Ela tem nove anos de carreira no Bradesco, onde começou como escriturária e chegou a caixa. Casada e com um filho de 1 ano e sete meses, contou com a ajuda do marido, trabalhador da indústria offshore, para o sustento da família. “Foi muito preocupante, especialmente neste momento que vivemos, com um futuro tão incerto. Mas assim que houve a demissão fui direto para o Sindicato e o acolhimento que tive me ajudou muito”, conta a bancária.

Joaquim tem 25 anos de carreira na Bradesco Seguros, que em Campos funciona na agência 065. Aos 55 anos, ocupando o cargo de gerente comercial, ele conta que ficou surpreso e decepcionado com a demissão, que ocorreu em outubro do ano passado. “São anos servindo à empresa, dedicando minha vida”. Joaquim é casado com uma professora, tem um filho e cuidando da mãe acamada. “Neste momento de pandemia foi desesperador me ver sem trabalho. Mas felizmente estou de volta e sou muito grato a Deus e aos companheiros do Sindicato, que me receberam com muito carinho”.

Neiva já conquistou a reintegração na Justiça e aguarda apenas que seja agendada a data para formalizar seu retorno ao trabalho, o que está previsto para acontecer nos próximos dias. São 36 anos de carreira, desde o Bamerindus. Em outubro, quando foi demitida, ocupava a função de caixa, mas estava atuando na gerência. Ela estava em home office porque passou por um câncer e ainda faz acompanhamento oncológico. Foi demitida sem aviso, sem assinar nenhum papel, sem realizar qualquer exame. Descobriu só quando viu que o salário não entrou na conta. Desde o início o Sindicato tentou fazer o banco reverter a decisão. Como não houve retorno — o Bradesco chegou a publicar nota de abandono de emprego — foi preciso acionar a Justiça.

Aos 60 anos, com filhos e o marido desempregado, Neiva lembra dos meses de dificuldades. “Foi um baque, fiquei muito preocupada, mas agora estou aliviada. E faço questão de agradecer ao Sindicato pelo empenho incansável que todos sempre tiveram comigo”.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram