Bancários condenam saques do Banco do Brasil em lotéricas

(São Paulo) A partir de segunda-feira, dia 11 de fevereiro, o Banco do Brasil disponibilizará saques de até R$ 500 em agências lotéricas, aumentando ainda mais a prática do correspondente bancário. Além de precarizar o trabalho bancário, a decisão do BB colocará a sociedade em risco constante de assaltos.

“Os trabalhadores das lotéricas não são bancários, categoria mais qualificada para exercer atividades como o manuseio de dinheiro. Além disso, as casas lotéricas não têm um sistema de segurança compatível com o de uma agência, o que aguça a cobiça dos assaltantes e coloca tanto os funcionários quanto os clientes em risco”, diz Ernesto Izumi, diretor de imprensa do Sindicato de São Paulo e funcionário do Banco do Brasil.

Os bancos jogam para as lotéricas as suas responsabilidades para economizar em pessoal, já que os empregados destes locais, por não serem bancários, não têm direito às conquistas da categoria. O resultado é a precarização do trabalho.

O Brasil tem aproximadamente 112 mil correspondentes bancários, número que em 2006 não passava dos 90 mil. Além das lotéricas, Correios, padarias, farmácias e lojas de bairros também prestam o serviço. “Esta prática deveria existir apenas em comunidades onde não existem agências, mas o Banco Central autoriza em todos os municípios, o que é um absurdo”, acrescenta.

Contratações
Não é necessária a utilização dos correspondentes para que o atendimento seja mais eficiente. “O que o Banco do Brasil deve fazer é um concurso público para São Paulo a fim de aumentar o número de caixas, cargo que vem sendo severamente afetado pela reestruturação em curso, a qual reduz muito o número de funcionários nas agências”.

Fonte: André Rossi – Seeb São Paulo

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