Bancários chegam ao 17º dia de paralisação mobilizados em todo o Brasil

Mais um dia de negociação e a categoria não arreda o pé da greve. Agências de São Paulo, Osasco e região estão paradas nesta quinta-feira (22), 17º dia de greve. Também estão de braços cruzados trabalhadores da Giret Pinheiros e Superintendência Santo Amaro da Caixa Federal e os funcionários dos complexos São João e Verbo Divino do Banco do Brasil.

A proposta de 8,75% feita pela federação dos bancos (Fenaban) para reajustar salários, piso, PLR, vales e auxílios, e sem abono – índice que representa perda de 1,03% – foi recusada pelo Comando Nacional dos Bancários na mesa de negociação. Os representantes dos trabalhadores questionaram o valor que não repõe a inflação de 9,88% (INPC do período) e reiteraram: os bancários querem aumento real. O índice também foi reprovado imediatamente nas redes sociais na noite desta quarta-feira (21).

 “Estamos chegando… foco no objetivo”, destacou um bancário, no Facebook do Sindicato de São Paulo.      

 “Força nas negociações pessoal”, apoiou outro, via Twitter.

 “Sem ganho real não dá!!!”, tuitou um trabalhador.

A rodada

Depois de um longo debate na tarde da quarta-feira, a Fenaban destacou que as margens de negociação estão estreitas, mas que iria consultar os bancos para continuar a rodada nesta quinta, às 14h. Na terça-feira (20), a proposta apresentada foi de 7,5%, também rejeitada na mesa de negociação pelo Comando Nacional.

Públicos

Banco do Brasil e Caixa Federal mantêm a sinalização de retomar as negociações específicas tão logo encerrada a mesa com a Fenaban.

Eles podem pagar

A vice-presidenta da Contraf-CUT e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, lembra que os bancos não podem querer impor perdas aos seus empregados. “A greve está forte e continua até que eles entendam isso. Os bancos têm de melhorar essa proposta”, cobra a dirigente que é uma das coordenadoras do Comando.

“Outros setores da economia, inclusive prejudicados pela crise internacional como químicos e metalúrgicos, estão pagando aos seus trabalhadores reajuste que cobre a inflação”, reforça.

Com data base em 1º de setembro, como os bancários, dezenas de empresas do ABC paulista – mesmo diante dos efeitos da queda na venda de automóveis e caminhões – ofereceram aos seus empregados a garantia do índice que recompõe a inflação de 9,88%.

O setor químico de São Paulo, também propôs aos seus funcionários a correção dos salários pelo percentual equivalente à variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período de novembro de 2014 a outubro de 2015, que deverá girar em torno de 10%. A data-base da categoria é 1º de novembro.

“Os bancos não podem querer impor perdas aos seus empregados. A greve está forte e continua até que eles entendam isso”, finaliza Juvandia. 

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