Banc rios do BB em PE preocupados com o ass‚dio moral

(Recife) Na próxima terça-feira, 25, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco estará na agência Encruzilhada, do Banco do Brasil, para mais uma reunião sobre assédio moral. Foco principal do fenômeno no estado, gestores e funcionários do banco têm demonstrado interesse crescente na compreensão do que é assédio moral, como ele se processa, suas causas e conseqüências. Particularmente a partir de reunião com a Superintendência do BB em Pernambuco, no início de junho, provocada pelo Sindicato.

 

É visível, sobretudo, o impacto que as reportagens denunciando a prática de violência moral no banco têm provocado no corpo funcional. A edição do jornal do Sindicato da 2ª quinzena deste mês traz mais uma: na berlinda, Gravatá, onde a equipe técnica do Sindicato constatou que toda a agência está doente por força de coação moral.

 

Por que no Banco do Brasil?

A prática do assédio moral já é um problema nacional no Banco do Brasil, e não é de hoje. O número de denúncias crescente, em comparação com o que chega do setor privado, se deve, em parte, pela tomada de consciência sobre o fenômeno, a partir da campanha de combate deflagrada pela Contraf-CUT, e coordenada pelo Sindicato de Pernambuco.

 

Por outro lado, se no setor privado a concorrência acirrada é corriqueira, no BB a mudança no perfil de atuação – de banco social para comercial -, sobretudo nos últimos 12 anos, tem trazido a disputa por espaço no mercado para dentro dos locais de trabalho. “O Banco do Brasil virou uma empresa capitalista como outra qualquer, onde a busca do lucro e a pressão por metas superam o lado humano”, avalia Suzineide Rodrigues, secretária-geral do Sindicato e coordenadora nacional do projeto Assédio Moral na Categoria Bancária: Uma Experiência no Brasil.

 

Marlos Guedes, presidente do Sindicato e secretário-geral da Fetec Nordeste, que é funcionário do banco, concorda e acrescenta: “A pressão exacerbada por metas inatingíveis virou um câncer no Banco do Brasil e favorece a prática do assédio moral. Como o fenômeno envolve subjetividade, muitas vezes o assediado assume a culpa de uma inadequação que lhe é imputada pelo gestor, que é pressionado pela política da empresa. Algumas vezes o próprio gestor não se dá conta de que está se transformando num assediador”, observa.

 

É bom lembrar que é a freqüência da humilhação – por atos, palavras e gestos – que caracteriza o assédio moral, não um destempero ou uma discussão eventual. Daí a importância de conhecer, para identificar e prevenir a prática, pois “o adoecimento já é o fundo do poço”, salienta o presidente do Sindicato. “É fundamental não ficar calado. Na dúvida ou na certeza, busque orientação no Sindicato”, recomenda Guedes.

 

Fonte: Seec PE

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