Assembléia aprova minuta de reivindicações em BH

Em assembléia realizada no dia 6 de agosto, na sede do Sindicato de Belo Horizonte, os bancários aprovaram por unanimidade a minuta de reivindicações construída na 10ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada entre os dias 25 e 29 de julho, em São Paulo.

Os bancários de BH e região também desautorizaram Contec a representar o Sindicato em negociações coletivas ou em dissídios ou assinar convenções ou acordos coletivos de trabalho. A categoria autorizou ainda a diretoria do Sindicato a realizar as negociações coletivas e a efetuar o desconto nos salários dos bancários em razão da contratação a ser realizada. O valor a ser descontado será discutido no decorrer da campanha.

Nesta campanha salarial, a categoria lutará por um reajuste de 13,23%, o que representa 5% de aumento real. O objetivo é manter a estratégia vitoriosa das últimas quatro campanhas salariais, em que os bancários conquistaram reajustes acima da inflação.

Com relação ao piso salarial, os bancários reivindicarão o seu aumento progressivo, em três anos, até que atinja o piso de R$ 2.074, calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Foi formatada uma proposta em que 50% da diferença entre o atual piso da categoria (R$ 921,49) e o piso do Dieese seja incorporada em 2008, 25% em 2009 e outros 25% em 2010.

No caso da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), a Campanha Salarial 2008 defenderá a elevação do seu valor e a simplificação de seus critérios de distribuição. Os bancários querem uma PLR de três salários acrescidos de R$ 3.500, distribuídos de forma linear a todos, sem limitador ou teto. Outra reivindicação econômica é a distribuição de 5% da receita de prestação de serviços de forma igualitária entre todos os bancários e a partilha de 10% da produção da agência aos trabalhadores da unidade.

Os bancários lutarão também pelo aumento do valor do vale-refeição para R$ 17,50, devido à inflação dos alimentos nos últimos 12 meses. A categoria exigirá ainda que a cesta-alimentação seja equiparada ao salário mínimo (R$ 415) e cobrarão a 13ª cesta-alimentação conquistada na última campanha.

Outras propostas aprovadas na Conferência e referendadas pelos bancários de BH e Região são: auxílio-educação nos bancos que ainda não o concederam e a criação de um plano de previdência complementar fechado, com gestão compartilhada, além do assédio moral e das metas abusivas, Plano de Cargos e Salários (PCS) para todos e mais segurança nas agências.

Para o presidente do Sindicato, Cardoso, o resultado da assembléia refletiu o que foi deliberado na 10ª Conferência Nacional dos Bancários, quando mais de 800 delegados de todo o país debateram exaustivamente as reivindicações da categoria. “A minuta foi aprovada. Agora temos que nos organizar e mobilizar toda a categoria para enfrentarmos os banqueiros e as direções dos bancos públicos federais. Sabemos que mais uma vez será uma campanha difícil, mas com a união de todos conquistaremos as nossas justas reivindicações”, ressaltou.

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