Assédio moral é alvo de protesto em frente ao Bradesco em Piracicaba

Protesto buscou conscientizar funcionários e gestores do banco

Os bancários de Piracicaba (SP) paralisaram na quarta-feira (31) uma agência do Bradesco no bairro Paulista, das 8h30 às 11h, durante protesto contra assédio moral nesta quarta-feira (31). A ação, de acordo com o Sindicato, teve o objetivo de conscientizar funcionários e gestores da unidade. Conforme pesquisa feita pela entidade, 44% dos funcionários do local foram assediados nos últimos 12 meses. A mobilização foi notícia no G1.

Clique aqui para ler a reportagem do G1.

De acordo com José Antônio Fernandes Paiva, presidente do Sindicato, a entidade fez uma pesquisa em março em todas as agências bancárias da cidade e levantou o número de funcionários que já sofreram assédio moral durante o trabalho.

“O assédio moral sempre existiu em todas as relações de trabalho, mas o que nos assustou foi essa crescente nos últimos meses na cidade. O gestor da agência não quis debater o assunto conosco no sindicato, então, viemos à agência para promover essa palestra”, explicou Paiva.

O presidente do Sindicato acredita que a cobrança excessiva prejudica o desempenho da agência, o que pode gerar demissões, caso os lucros diminuam. “Os gestores têm que melhorar o ambiente de trabalho. É isso que queremos mostrar a eles”, disse Paiva.

De acordo com uma funcionária da agência que não quis se identificar, “o problema não é a cobrança dos gestores, mas a maneira com que isso é feito: sem educação e com ameaças.”

Uma ex-funcionária, que também não quis se identificar, deixou a empresa no primeiro semestre deste ano por possível assédio moral. “Eu não aguentava mais a pressão. Muitos gestores não sabem como gerenciar pessoas. Não estudei para humilhar e nem ser humilhada por ninguém”, afirmou a jovem que vai buscar emprego em outra área.

Psicologia contra assédio

A psicóloga do Sindicato dos Bancários, Nahara Ribeiro, explicou que “toda atitude agressiva, seja por palavra, ato ou gesto, que humilhe ou desrespeite o próximo, é considerada assédio moral”. Para ela, a necessidade de atingir metas é o principal fator que leva os gestores a agir desta maneira. “A desvalorização das relações no trabalho acabam tendo efeito contrário, que prejudica o rendimento”, concluiu.

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