Administração do Bradesco é desmascarada na Justiça

O Sindicato dos Bancários de Campina Grande e Região obteve uma grande vitória na Justiça, em audiência realizada na terça-feira, 14/10, na 5a Vara do Trabalho de Campina Grande, em ação movida pelo Bradesco.

Sob a alegação de ter mandado judicial, os gerentes do Bradesco vinham utilizando a força policial e chegaram a abrir as agências em parte dos expedientes da segunda e da terça-feira. Sob o manto da policia, os administradores fizeram uma pressão desumana nos funcionários, que se viram forçados a voltar ao trabalho.

A farsa foi por água abaixo na audiência da 5a Vara, quando a Juíza do Trabalho, Ana Paula Azevedo Sá Campos Porto, certificou que a empresa adotou conduta no mínimo reprovável, em chamar a força policial, supostamente para que fosse resguardada sua posse, quando, na verdade, idêntico pedido havia sido indeferido pela Justiça.

Em certidão, a juíza afirma que ao chamar a força policial supostamente para resguardar dita posse, a qual não estava sendo molestada, conforme informações lançadas em certidões lavradas por oficial de Justiça, na verdade, de modo oblíquo, fez com que seus empregados retornassem ao serviço, quando, na realidade, este não era o tema discutido no processo.

Na certidão consta ainda que a liminar concedida nem tratou sobre o retorno ao trabalho, nem determinou que os empregados assim o fizessem.

A juíza determinou que o Comando da Polícia Militar se abstenha de tomar qualquer providência supostamente tendo como fundamente liminar concedida em juízo em interdito proibitório.

Os empregados das duas agências em Campina Grande foram cientificados do teor da liminar e do despacho da juíza e foram advertidos que não houve determinação de retorno ao trabalho, mas apenas garantia da posse das agências do banco.

O Bradesco foi cientificado que não poderá descumprir o que fora decidido em liminar, sob pena de estipulação de multa diária no importe de R$ 50.000,00 por dia, a se reverter em favor do Sindicato.

Desde o início da greve que os gerentes do Bradesco vêm agindo de forma truculenta, coagindo os funcionários a voltar ao trabalho. A pressão é cruel, causando constrangimento aos bancários e caracterizando-se em assédio moral.

A farsa de chamar a polícia dizendo ter mandado judicial é uma prova inequívoca de que os serviçais da gerencia regional não medem conseqüências na tentativa de mostrar serviço, passando por cima da Lei e desrespeitando o direito dos funcionários.

A vitória na Justiça devolveu aos funcionários do Bradesco a serenidade para exercer o direito de greve. As agências do banco estão com suas atividades paralisadas, prevalecendo à vontade dos bancários de mostrar toda a indignação com os banqueiros, que insistem em não apresentar uma proposta convincente para a categoria.

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