Adesão da Fenae à campanha Feminicídio Zero mostra compromisso de trabalhadores pela proteção às mulheres

Entidade de trabalhadores da Caixa adere a iniciativa do Ministério da Mulher para ampliar ações pelo fim da violência de gênero

Imagem ilustrativa

No Brasil, a cada seis minutos uma mulher ou uma menina é violada sexualmente e a cada seis horas uma mulher é assassinada. Os dados alarmantes foram apresentados pela Ministra da Mulher, Cida Gonçalves, durante evento para marcar a adesão da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) à campanha Feminicídio Zero, do Ministério das Mulheres, nessa quinta-feira (28).

A iniciativa faz parte de um conjunto de ações que estão ocorrendo em todo o país, no âmbito da campanha dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, iniciada em 20 de novembro - Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra - e que terminará em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

“Com esta adesão, a Fenae reafirma seu papel social e a importância de engajar as entidades associadas na promoção de um ambiente seguro e igualitário para mulheres em toda a sua diversidade”, declarou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, ao Correio Braziliense, na assinatura da carta-compromisso entre Fenae e Ministério da Mulher.

A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Eliana Brasil, destacou que a campanha vem de encontro com um movimento de funcionárias e funcionários da Caixa contra a violência de gênero.

"Temos acompanhado e cobrado a devida apuração do escândalo, exposto em 2022, com denúncias, contra o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, de assédios, que podem ter sido facilitados ou acobertados por altos ex-funcionários do banco, alguns já demitidos por justa causa. Então, essa iniciativa da Fenae em aderir a campanha Feminicídio Zero é um passo fundamental, porque o feminicídio é o último estágio de uma estrutura de violência muito maior contra a mulher em nosso país", disse a dirigente.

A secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes, parabenizou a iniciativa. "É o compromisso, de uma entidade formada por trabalhadoras e trabalhadores bancários, na busca por igualdade de gênero e pelo fim da violência contra mulheres e meninas", disse, ao completar que, dados divulgados em 2024 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), com base em informações oficiais, revelam que todas as modalidades de violência contra mulheres cresceram no país, entre 2022 e 2023.

"Essa realidade, que temos que combater, é reflexo da misoginia, expressão que designa a manifestação de ódio ou aversão contra mulheres e meninas. E, dentre as várias formas que a misoginia se manifesta, estão as violências físicas, psicológicas, econômicas e simbólicas, por meio de ataques à figura feminina”, pontuou.

Como funcionará

A campanha Feminicído Zero está dentro da  Articulação Nacional pelo Feminicídio Zero, coordenado pelo Ministério da Mulher, que envolve setores da sociedade civil organizada. O objetivo da iniciativa é erradicar todas as formas de violência de gênero. Dentro da campanha Feminicídio Zero, a Fenae irá promover ações integradas ao programa que já realiza, chamado “Fenae com Elas”, mobilizando empregados da Caixa e as Apcefs em projetos de inclusão social.

*Com informações do Correio Braziliense

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