ACT dos moedeiros é homologado pelo TST
Movimento Sindical, Campanha Nacional, Moedeiros
Acordo garante reajuste de 5,32% sobre todas as cláusulas financeiras, exceto no auxílio-alimentação, que recebeu reajuste de 23,08%
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Indústria Moedeira (Casa da Moeda) homologou, nesta terça-feira (16), o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) no Tribunal Superior do Trabalho (TST), garantindo os direitos conquistados pela categoria após meses de negociação com a Casa da Moeda do Brasil.
Além de garantir reajuste de 5,32% (ou seja, 100% do IPCA para o período de 12 meses) sobre todas as cláusulas financeiras, com exceção do auxílio-alimentação, que recebeu reajuste maior, de 23,08%, os moedeiros conquistaram:
- Ampliação da idade para utilização da creche interna, agora até os 5 anos;
- Instituição de um programa de estágio interno na empresa;
- Redução do prazo para reembolso de medicamentos para até 15 dias úteis;
- Previsão no Acordo Coletivo de reembolso de 100% para medicamentos de uso contínuo.
"Além de reajuste da cesta básica para R$ 800,00, acima do custo da cesta básica calculado pelo Dieese para a cidade do Rio de Janeiro (de R$ 783), avançamos na questão do estágio, manutenção das cláusulas sociais, elevação da idade máxima de creche e, tudo isso, sem abrir mão do reajuste salarial", reforçou Ivan Casseres, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Moedeiros, sobre a importância da homologação do acordo, fruto direto de mobilização e participação ativa da categoria.
Próximos passos
Com a homologação realizada, o Sindicato Nacional dos Moedeiros reforçará a cobrança para que a Casa da Moeda faça o pagamento dos valores retroativos, relacionados aos reajustes, e atualize as tabelas salariais.
"Também reforçamos que, agora, é o momento de nos organizarmos para o próximo acordo. Temos, por exemplo, que corrigir distorções, ocorridas por conta do tempo, sobre o nosso Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), que acabou de completar 11 anos; além de questões relacionadas à unificação da carreira de nível médio e da inclusão de todos os trabalhadores no plano de saúde. Então, temos muitas pautas para seguir lutando no ano que vem", observou.
Filiação à Contraf-CUT
Outra conquista no fortalecimento da categoria, obtida neste ano, foi a aprovação, durante assembleia realizada em fevereiro, de filiação à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Na ocasião, o presidente do Sindicato Nacional dos Moedeiros, Roni Oliveira, ressaltou que a filiação à Contraf-CUT estava em linha com o planejamento da categoria para "unir forças com centrais sindicais e com o coletivo das estatais", para "avançar em linhas estratégias" sobre a representação dos trabalhadores e fortalecimento político das instituições públicas.
O vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção, comemorou a filiação, fruto de meses de debates com os moedeiros. "Esta decisão foi mais um passo para o fortalecimento do ramo financeiro e de toda a classe trabalhadora", pontuou.
