Acordo Marco do Itaú avança em cláusulas para evitar o assédio moral e o assédio sexual

Outra cláusula debatida é a que trata de evitar qualquer tipo de discriminação no emprego

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A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a UNI Américas Finanças e representantes de Sindicatos da Argentina e Colômbia estiveram reunidos, na quarta-feira (5), com o Itaú para continuar a agenda de negociações de renovação do Acordo Marco, firmado com o banco em outubro de 2018.

A negociação, realizada no Centro Empresarial Itaú (CEIC), em São Paulo, contou com a presença do  diretor regional da UNI Américas Finanças, Guillermo Maffeo, do coordenador da Rede Sindical Internacional do banco Itaú e representante da Asociación Bancaria da Argentina, Horacio Sartori, do secretário Geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga, do secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, do coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú no Brasil, Jair Alves, do presidente da Federación Nacional de Sindicatos Bancarios, Aseguradoras y Afines de Colombia, Hernan Parra Castro, e dos representantes do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Marta Soares e Sergio Francisco.

O banco Itaú foi representado na reunião pelo superintendente de Segurança, Medicina e Relações do Trabalho, Marco Aurélio Oliveira, pelo gerente de Relações Sindicais e do Trabalho, Romualdo Garbos, e pelo gerente de Relações Sindicais, Gustavo Barbosa.

O secretário de Relações Sindicais da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, explicou que o Acordo Marco é um documento que estabelece princípios e objetivos genéricos de prevenção de conflitos nas relações de trabalho (respeitando as legislações dos países onde o banco atua e os sindicatos são signatários) e busca estabelecer o diálogo social entre as partes. "Ele é complementar às convenções coletivas de trabalho e objetiva garantir direitos fundamentais do trabalho, muitos deles previstos nas convenções da OIT.”

Nesta reunião, os sindicalistas buscaram avançar na cláusula que trata de políticas que evitem o assédio moral e o assédio sexual, propondo que o banco adote procedimentos em todo o mundo, gerando acordos com os sindicatos focados neste tema e incorporando estas medidas no seu código de ética.

Outra cláusula que foi debatida é a que trata de evitar qualquer tipo de discriminação no emprego, de forma que todos os empregados tenham igualdade de oportunidades e de trato, independente de etnia, religião, opinião política, gênero ou orientação sexual. Foram debatidos detalhes dos procedimentos que o banco deverá adotar (ou evitar) durante a contratação, o treinamento e o estabelecimento de igualdade de formação, para que todas as pessoas possam desenvolver suas habilidades com igualdade.

Foi ainda apresentada ao banco uma proposta para incluir no Acordo Marco a possibilidade de afastamento temporário para atendimento de violência intrafamiliar.

A próxima reunião ficou agendada para o dia 30 de junho, quando o banco vai apresentar para os dirigentes internacionais o seu Sistema de Qualidade de Vendas (SQV), a sua campanha interna contra as discriminações e pelo respeito à diversidade e se concorda com as melhorias e modernização do Acordo Marco.

Fonte: Contraf-CUT

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