Acordo com o Basa garantirá maior PLR da história aos funcionários
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Contraf-CUT assinou acordo na manhã desta quinta-feira (26); nesta semana, o Banco da Amazônia anunciou lucro líquido de R$ 302,6 milhões no 1º semestre, o maior já obtido pelo banco no primeiro semestre do ano
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com assessoria da Comissão Nacional dos Funcionários do Banco da Amazônia (CNFBasa), negociou um acordo com o banco que vai permitir o pagamento da maior parcela de Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) já recebida pelos funcionários na história do banco. O pagamento, que será efetuado nesta sexta-feira (27), será de R$ 3.500,00 para cada funcionário.
"Esse adiantamento de PLR é um ato histórico, tanto pelo valor a ser distribuído, quanto por ser o primeiro banco a realizar o pagamento. Deixa os empregados felizes, sem dúvida, ainda mais diante de um cenário tão instável no nosso país. Mostra, ainda, o Basa como um banco importante para a região através do resultado obtido no semestre”, disse o coordenador da CNFBasa, Sergio Trindade. “Todos os empregados estão de parabéns pela relevante participação com o seu trabalho e merecimento dessa PLR”, completou.
Lucro do banco
Nesta semana, o Banco da Amazônia anunciou um lucro líquido de R$ 302,6 milhões no 1º semestre de 2021. Em sua análise do relatório do banco sobre o lucro, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), observa que este é o melhor resultado do banco para o período, com a expressiva alta de 177,8% em doze meses, quando o lucro do banco foi de R$ 108,9 milhões.
O resultado foi impactado pelo crescimento do lucro com a intermediação financeira, decorrente das menores despesas com provisões para perdas com devedores duvidosos, e pelo resultado não operacional. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE) ficou em 25%, alta de 15,13 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mesmo período de 2020.
Tarifas de serviços X despesas de pessoal
As receitas de prestação de serviços somadas às rendas de tarifas bancárias totalizaram R$ 457,5 milhões, com alta de 10,6% em doze meses. Já as despesas de pessoal caíram 4,3% no período, totalizando R$ 274 milhões. Assim, a cobertura das despesas de pessoal por essas receitas do banco ficou em 166,97%.
Empregos e agências fechadas
O Banco da Amazônia encerrou o 1º semestre de 2021 com 2.865 empregados, tendo sido fechados 31 postos de trabalho, desde janeiro. O banco contava ainda com 254 estagiários e 135 jovens aprendizes, ao final de junho de 2021, com a abertura, respectivamente, de 50 e 30 desses postos desde dezembro de 2020. O número de agências foi reduzido em duas unidades, totalizando 118 agências; foi fechado também um posto de atendimento avançado e, com isso, o banco segue apenas com um posto avançado em sua rede de atendimento.
Ativos
Os ativos do banco apresentaram alta de 11,9% em doze meses, totalizando R$ 22,9 bilhões. O total de ativos do Fundo Constitucional do Norte (FNO) é administrado pelo banco e totalizou, ao final de 2020, R$ 35,5 bilhões, com alta de 5,4%, em seis meses (dado de dezembro de 2020). O patrimônio líquido do banco totalizou R$ 2,7 bilhões, com alta de 17,5%.
Carteira
A carteira de crédito total do banco atingiu R$ 34,8 bilhões em junho de 2021, com crescimento de 13% em doze meses, sendo que 83% da carteira advêm de recursos do FNO (parcela que cresceu 21,4% no período) e 17% de outras fontes. O segmento pessoa física teve alta de 19,7%, totalizando R$ 16,4 bilhões; o segmento pessoa jurídica totalizou R$ 18,4 bilhões, com alta de 7,6% no período. Os créditos voltados ao setor rural somaram R$ 16,8 bilhões com alta de 19,1%, enquanto os voltados ao setor não rural somaram R$ 18 bilhões, com crescimento de 7,7% em relação ao primeiro semestre de 2020.
Veja abaixo a tabela resumo do lucro do Basa ou, se preferir, leia a íntegra da análise, ambos elaboradas pelo Dieese.