6ª Conferência Mundial de Mulheres da UNI acontece entre 25 e 26 de agosto
Movimento Sindical, Mulher
Organizadores preveem participação de 700 mulheres, de todo o mundo, para discutir os principais desafios de gênero enfrentados no local de trabalho hoje
“Mulheres crescendo juntas” é o tema da 6ª Conferência Mundial de Mulheres da UNI Global Union, que acontecerá nos dias 25 e 26 de agosto, na cidade da Filadélfia (Pensilvânia), nos Estados Unidos, para definir as pautas de luta e eleger a nova presidenta mundial da entidade, para os próximos quatro anos.
A organização do evento prevê a participação de mais de 700 mulheres de todo o mundo, incluindo as da delegação da Confederação Nacional das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (CONTRAF), que é uma das maiores entidades filiadas a UNI Global Union.
Pautas
A Conferência abordará cinco tópicos: participação das mulheres nos sindicatos; saúde e segurança, na perspectiva de gênero; mundo livre de violência e assédio; juventude; e trabalho decente e um mundo sustentável.
Sobre o aumento da participação das mulheres nos movimentos sindicais, a coordenadora da Rede Uni Mulheres Brasil, Fernanda Lopes, que também compõe o comitê da Uni Américas, explica que há alguns anos a Uni Global mantém uma campanha bem-sucedida e que tem como meta 40% de representantes de mulheres em todas as estruturas, liderança, atividades e reuniões da UNI.
"Aqui no Brasil, importantes entidades já conseguiram bater essa meta, outras até superaram. Hoje, na Contraf-CUT, por exemplo, temos mais de 40% das mulheres no comando das secretarias", destaca. “Mas, como a própria Uni Global alerta, manter esse percentual é uma batalha constante. Por isso, um dos propósitos da conferência é discutir tanto maneiras de manter, como de trazer mais mulheres para a liderança sindical”, completa Fernanda, que também é secretária da Mulher da Contraf-CUT.
Outro tema que terá o foco das atenções na conferência, por englobar os eixos sobre combate à violência e ao assédio, é a Convenção 190 (C190), adotada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), desde 2019, para enfrentar a violência e o assédio no mundo do trabalho.
"Na conferência, a discussão será a ratificação e a implementação pelos países. Atualmente, apenas 30 dos 187 estados-membros da OIT ratificaram a C190, e o Brasil, por exemplo, não está entre eles, mas já obtivemos avanços, com a iniciativa do presidente Lula que, em março, entregou o pedido de ratificação ao Congresso, onde tramita, desde então”, pontuou a vice-presidenta da Uni Américas Mulheres, Neiva Ribeiro, que também é presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “Nessa conferência, na Filadélfia, também vamos debater o papel dos sindicatos para fazer valer a C190 e discutir formas de utilizar o texto dessa importante convenção nas negociações coletivas, para erradicar todas as formas de violência no local de trabalho e para além do trabalho”, completa.
Entenda
• Sob o lema Women Rising Together (Mulheres crescendo juntas), a 6ª Conferência Mundial de Mulheres da UNI Global Union, acontecerá nos dias 25 e 26 de agosto, na cidade da Filadélfia (Pensilvânia), nos Estados Unidos.
• No encontro, serão definidas as pautas de luta e a nova presidenta da entidade para os próximos quatro anos, até a 7ª Conferência Mundial de Mulheres da UNI Global Union na Austrália, em 2027.
• Os eixos de discussão definidos para a conferência deste ano são:
- Mulheres crescendo nos sindicatos;
- Mulheres pela saúde e segurança;
- Mulheres por um mundo livre de violência e assédio;
- Mulheres por trabalho decente e um mundo sustentável;
- Mulheres pela juventude.
• A UNI Global Union está presente em mais de 150 países e representa mais de 20 milhões de trabalhadoras e trabalhadores.
• A Contraf-CUT é uma das maiores entidades filiadas à UNI Global Union no mundo.
• Logo depois da 6ª Conferência Mundial de Mulheres, entre os dias 27 e 30 de agosto, e na mesma cidade, acontecerá o 6º Congresso da UNI Global Union.