Bancários de Piracicaba realizam ato em defesa da Caixa 100% pública

Mobilização contra tentativa de abertura de capital do banco

O Sindicato dos Bancários de Piracicaba (SP) realizou nesta sexta-feira (27) atos em defesa da Caixa Econômica Federal 100% pública em todas as cidades da base territorial da entidade. A equipe econômica do governo federal sinalizou a intenção de abertura de capital do banco no final do ano passado.

Em Piracicaba, os diretores do Sindicato foram à agência central da cidade para entregar uma carta aberta e falar com os bancários e a população sobre a importância da Caixa, instituição financeira com enorme inserção no campo social, que emprega mais de 100 mil trabalhadores. Ao longo de seus 154 anos de existência, o banco representa hoje 13% do PIB brasileiro.

O diretor do Sindicato, Ubiratan Campos do Amaral, pontuou o investimento da Caixa nas áreas sociais do país, como os programas Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida.

O presidente do Sindicato, José Antonio Fernandes Paiva, explicou sobre a tentativa de se privatizar a Caixa e a consequência que essa ação pode acarretar a população em curto espaço de tempo.

Segundo Paiva, isso significa uma ameaça à habitação popular ao custo mais baixo do mercado, ao financiamento do Minha Casa Minha Vida, que só em Piracicaba serão 6 mil moradias contratadas para os trabalhadores com renda de até três salários mínimos.

“A Caixa ainda paga o seguro desemprego, administra o fundo de garantia por tempo de serviço. Esses benefícios, que os outros bancos não queriam pagar, agora, há um risco de perder 25% da Caixa para o capital privado, podendo perder assim essa conquista. Os trabalhadores e a maioria da população serão prejudicados”, disse.

Paiva ainda falou sobre as medidas provisórias, que alteram as regras da concessão de benefícios previdenciários e trabalhistas, entre eles, o seguro-desemprego, mostrando-se contrário a elas.

Nas cidades de Santa Bárbara do Oeste, Tietê, Laranjal Paulista, Cerquilho e demais cidades da base, o Sindicato entregou a carta aberta para os empregados das agências e os clientes e explicou que a Caixa é do povo e assim deve permanecer.

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