Vicentinho pede veto de Dilma ao PL 4330: ‘É a morte dos direitos trabalhistas’

Se aprovado sem modificações pelo Senado, depois de ter passado pela Câmara, o PL 4.330 representa “a morte dos direitos dos trabalhadores e a falência da CLT”, disse o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-SP), em entrevista a Thelma Torrecilha, da Rádio Brasil Atual, na manhã de hoje (23). O parlamentar disse esperar que a presidenta Dilma Rousseff vete o projeto.

O deputado lembrou que não apenas as entidades representativas de trabalhadores se opuseram ao PL 4.330, como também ministros do Tribunal Superior do Trabalho, juízes e advogados trabalhistas e o Ministério Público do Trabalho se manifestaram contra, e acrescentou: “Se continuar como está, vai ser uma derrocada para a classe trabalhadora”.

“Os empresários, em vez de tentar ganhar dinheiro com produtividade, qualidade e aumentando a venda dos seus produtos, querem ganhar às custas da redução de condições de salário e de vida dos trabalhadores brasileiros”, acusou Vicentinho.

O deputado prevê que o projeto deve encontrar resistências no Senado. “O próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi um dos grandes puxadores para a aprovação desse projeto. Já o presidente do Senado declarou que não vai aprovar esse projeto de afogadilho, vai realizar importantes debates.”

“Aqui dentro (na Câmara), lamentavelmente, a gente percebe com tristeza que muitos trabalhadores rurais votaram em ruralistas, muitos trabalhadores da cidade votaram em empresários”, afirmou. Ele defendeu a reforma política e o fim do financiamento privado de campanha para que os candidatos, ricos e pobres, possam concorrer em igualdade.

Para buscar barrar a aprovação do PL 4.330, no Senado, Vicentinho afirma que “a mobilização é o caminho” e cobrou também que toda a população, em especial os trabalhadores, acompanhem de perto o voto de cada um dos deputados. “Vou ficar muito feliz se souber que as centrais sindicais e o povo trabalhador estarão presentes na vida política acompanhando o comportamento do Congresso Nacional.”

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