Veja o rescaldo do Dia Nacional de Lutas do ABN

No Rio de Janeiro, a manifestação foi no prédio onde funciona o Disque Real, call center do banco. A manifestação começou por volta das 11h e cerca de 200 empregados dos turnos que começavam às 12h, às 13h e às 14h retardaram sua entrada no edifício. Os dois primeiros grupos só começaram a trabalhar por volta das 13h30 e o pessoal das 14h entrou só às 15h, quando a manifestação foi encerrada. Durante o ato, foram distribuídos o jornal Realidades, a cartilha de assédio moral e um manifesto sobre a venda do banco. A Cia de Emergência Teatral, comandada pelo diretor Marcos Hammelin, fez esquetes abordando as novas normas para call center introduzidas com o Anexo II da NR-17, documento que regulamenta a atividade e determina as condições de trabalho e saúde para os trabalhadores. Os diretores da Federação e do Sindicato do Rio aproveitaram a oportunidade para conversar com os bancários sobre a campanha salarial. Na Baixada Fluminense, aconteceu paralisação de uma hora em agências do Sudameris nos municípios de Nova Iguaçu e Duque de Caxias. A escolha foi feita em função da troca de bandeira do banco que está marcada para acontecer no final do mês. Houve reunião no interior das unidades com todos os trabalhadores, ocasião em que os dirigentes sindicais transmitiram informações sobre as negociações de venda do grupo ABN Amro e os esforços que o movimento bancário brasileiro está empenhando para obter garantias de emprego para os funcionários. Houve distribuição do Manifesto do Real. Em seguida, os diretores do sindicato percorreram, em caravana, todas as agências do Real no centro de Nova Iguaçu e Duque de Caxias. Os sindicalistas conversaram rapidamente com cada bancário, sempre com a preocupação de não atrapalhar o serviço, já que as agências estavam em pleno funcionamento. Foi feita também a distribuição do Manifesto do Real. O jornal Realidades já vinha sendo distribuído em todas as agências da base há alguns dias.

Em Teresina (PI) , Bancários da agência do Real da Rua Álvaro Mendes cruzaram os braços por uma hora, de 10h às 11h, durante protesto encabeçado pelo Sindicato dos Bancários do Piauí. Atendendo o chamado do Seebf/PI, funcionários daquela agência permaneceram do lado de fora enquanto dirigentes sindicais esclareciam para clientes e a população os motivos da manifestação. João Neto, dirigente sindical, fez referência a pressão sofrida por bancários pelo cumprimento de metas abusivas e Lesões por Esforços Repetitivos (LER/DORT). O presidente do Sindicato dos Bancários, José Ulisses de Oliveira, disse que não é possível aceitar demissões motivadas em empresas que dão lucro. “Temos que estar presentes, mobilizando os colegas para o enfrentamento diante do anúncio das demissões e a venda do Real”, avalia. Para ele, é preciso trabalhar com congressistas para por em prática uma legislação que proíba a demissão motivada em empresas lucrativas.

O Sindicato dos Bancários de Sergipe esteve na agência do banco Real ABN, no centro de Aracaju, entregando aos funcionários do banco o Manifesto em Defesa do Emprego. Retardando, em uma hora a abertura da agência como forma de também envolver a população, o ato aconteceu em todas as agências Real ABN no Brasil. O objetivo é chamar a atenção dos patrões para a situação dos funcionários, que estão apreensivos com o destino da empresa devido a anunciada fusão do REAL-ABN com o Santander. “É importante envolver o maior número possível de bancários, pois o Santander já anunciou que comprando o Real ABN promoverá quase 19 mil demissões. O Sindicato, então, saiu em defesa do emprego”, disse Jeane Mércia, diretora do Sindicato. O Sindicato discorda da política de enxugamento, e entende ser importante juntar-se a outros sindicatos do Brasil para tentar evitar que mais trabalhadores sejam demitidos – como aconteceu recentemente em Sergipe, onde três bancários já foram demitidos. “Juntos, os dois bancos lucraram, nos últimos nove anos, no Brasil, mais de R$ 15 bilhões, e, por tanto, não tem a necessidade de demitir”, disse José Souza, presidente do Sindicato dos Bancários. Durante a conversa que teve com os bancários do Real ANB, Souza alertou sobre a necessidade de se ter atenção redobrada diante da possibilidade de fechamento de agências e, consequentemente, haver demissões em massa. O Sindicato exige do ABN a contrapartida social. O compromisso com o emprego e com os direitos dos trabalhadores.

Fonte: Sindicatos e federações

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