Terceira rodada com Banpará tem debates intensos e pequenos avanços

Próxima rodada foi agendada para o dia 25

A terceira rodada de negociação específica com o Banpará, realizada nesta quinta-feira (18) em Belém, teve muito debate, principalmente por conta da segurança bancária, vale cultura, isonomia na licença prêmio e saúde do trabalhador. A próxima rodada foi agendada para o dia 25, às 9 horas.

“A mesa de negociação de hoje foi importante para debater questões que estão afligindo o funcionalismo do banco, como a segurança bancária, a saúde do trabalhador, mas destacamos principalmente o avanço que teve no ponto de isonomia, onde ampliou para mais dois dias úteis anualmente, os quais poderão ser convertidos em pecúnia. Teremos uma nova rodada na próxima semana e é importante a categoria estar atenta e mobilizada quanto ao andamento da mesa no Banpará”, ressalta a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.

“O debate foi intenso e tivemos pequenos avanços, mas o Banpará tentou se prender na questão da segurança bancária, e nesse ponto percebemos que as vítimas, no caso os bancários, sobretudo na modalidade ‘sapatinho’, ainda são vistos como os culpados pelas ações criminosas, o que é um absurdo! Além disso, constatamos na mesa de hoje que há discriminação por parte do banco com os dirigentes sindicais, não permitindo a eles o acesso às informações internas, e precisamos que essa questão seja mais valorizada”, destaca o secretário de Relações de Trabalho da Contraf-CUT, Adílson Barros.

Para a representante da Fetec-CN e funcionária do Banpará, Vera Paoloni, “das três rodadas de negociação, esta teve o menor índice de avanços. Mesmo assim, ampliar de 6 pra 8 dias úteis a licença-prêmio, inclusive com direito à conversão em espécie, é uma boa conquista. Dobrar de R$ 100 para R$ 200 o ressarcimento de bens em caso de roubo/furto, sem necessidade de comprovação, também foi uma proposta boa. E ampliar o vale-cultura para todos, dentro das regras da lei, são pontos bons. Esse conjunto já fica na cesta de direitos, enquanto partimos para o debate de remuneração, extremamente ansiado por todo o funcionalismo”.

A representação dos trabalhadores contou também com a participação das diretoras da Sindicato, Odinéa Gonçalves e Sara Mendes, e pela advogada do Sindicato, Mary Cohen.

O Banpará foi representado pelo diretor Braselino da Silva, pelas superintendentes Glicéria Melo e Oneide Paixão, pelo assessor Edvaldo Caribé e as advogadas Eline Pereira e Luciana Cruz.

O Sindicato orienta a categoria a estar mobilizada, pois ainda há pontos importantes da minuta específica, que serão discutidos na próxima rodada, e principalmente a proposta global da Fenaban que será apresentada nesta sexta-feira (19), que inclui o índice de reajuste e a PLR.

Na reunião de hoje foram debatidos dos artigos 65 ao 86 da minuta de reivindicações, destacando-se os avanços nos seguintes pontos:

Artigo 69. Restituição dos bens em caso de assalto – Banco se compromete em manter a cláusula 25 do ACT, ampliando no parágrafo 5º o valor a ser ressarcido ao bancário, que era de R$ 100, passando para R$ 200, independente do quantitativo roubado/furtado, sem necessidade de comprovação.

Artigo 73. Vale Cultura – O banco se propõe a atender o Vale Cultura para todos os funcionários, independente do valor de salário, como nos termos da Lei, ou cumprirá a convenção coletiva da Fenaban no que for mais vantajoso para os trabalhadores.

Artigo 77. Isonomia – O banco atenderá os trabalhadores conforme acordo anterior, ampliando de 30 para 40 dias no quinquênio, considerando a data de entrada no banco.

Artigo 86. Saldo remanescente do PAS/CAFBEP – A proposta feita pelos trabalhadores, de investir o saldo no pagamento das mensalidades dos funcionários no plano de saúde, foi aceita na íntegra. Este assunto será discutido novamente, após a assinatura do acordo.

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