Sindicatos fecham agências por causa de problemas no ar-condicionado

Diário de S.Paulo
Ivan Ventura

A forte onda de calor e a falta ou o mau funcionamento do ar-condicionado levaram bancários de São Paulo e de outras cidades do interior do estado a encerrar o expediente mais cedo ou sequer abrir as portas em sinal de protesto contra os bancos. Somente no ano de 2014, foram registrados 40 casos de agências que foram fechadas ou que reduziram o período normal de atendimento dentro da área de atuação do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

De acordo com as regras da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), a temperatura ideal no ambiente de trabalho deve oscilar entre 23°C e 26°C, no verão, e 20°C e 26°C, no inverno. Somente na última sexta-feira, o calor no ambiente de trabalho e a falta de ar-condicionado foram a causa do fechamento de três agências, duas delas na capital paulista – elas estão localizadas na Zona Norte (Santander) e no Centro (Itaú). Houve ainda o registro de uma agência em São Caetano do Sul, no ABC.

“Além dos casos confirmados, recebemos (até a última sexta-feira) 208 denúncias, todas reclamando do calor e da falta de ar-condicionado. Ao todo, foram 70 agências em janeiro e 135 em fevereiro”, afirma a presidente do Sindicato dos Bancários, Juvandia Moreira.

Há quem diga que o número seja ainda maior. Segundo a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Central Única dos Trabalhadores), há registros de paralisações em bancos de outras 18 cidades do país.

Os registros do Contraf-CUT são das cidades de Piracicaba, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Mogi das Cruzes, Rio das Pedras, Campinas e Taubaté. No Rio de Janeiro, além da capital fluminense, há registros em Petrópolis, assim como em Porto Alegre e Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul, Maceió, em Alagoas, e Belém, no Pará.

“O problema é que apenas sabemos que existiram paralisações nesses locais. No entanto, não temos conhecimento se nessas cidades ocorreu o fechamento de uma ou mais agências bancárias”, diz a secretaria de políticas sociais da Contraf-CUT, Andrea Vasconcellos.

“Diante desse e de outros casos, vamos pedir aos bancos que resolvam o problema. Caso contrário, vamos recomendar a paralisação da unidade”, alerta Juvandia.

MAIS
Em Jundiaí, funcionários distribuíram sorvete
Algumas agências não fecharam as portas, mas promoveram protestos bem-humorados por causa da falta de ar-condicionado. Em Jundiaí, na última sexta-feira, o sindicato dos bancários da cidade distribuiu sorvetes aos correntistas.

Nos Jardins, até o Rei Momo foi ajudar a protestar
No dia 17 de janeiro, bancários de uma agência do Banco do Brasil, na Rua dos Pinheiros, nos Jardins, também distribuíram sorvetes aos clientes. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região ainda colocou um homem sentado em um trono sendo abanado por outros bancários da entidade sindical.

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