Senadora pede que venda do HSBC seja acompanhada de perto pelo governo

Preocupada com a decisão do banco HSBC de encerrar suas atividades no Brasil, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) advertiu que a venda e a transferência dos ativos do banco precisam ser acompanhadas de perto pelo governo federal.

Segundo a senadora, isso é necessário para garantir a manutenção de empregos e evitar uma maior concentração financeira no país, caso o comprador do HSBC seja um dos cinco maiores bancos brasileiros. Ela, inclusive, vai participar da reunião de dirigentes sindicais com os presidentes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Banco Central para tratar do assunto, na terça (30) e na quarta-feira (1), respectivamente.

Gleisi Hoffmann disse que, segundo a imprensa, a saída do HSBC do Brasil faz parte do plano de reestruturação do banco, que pretende cortar 50 mil postos de trabalho em todo o mundo, metade deles nas agências brasileiras e turcas. Só no Brasil, são 21.479 funcionários, 11 mil deles no Paraná, informou a senadora.

A senadora lembrou que o banco chegou ao Brasil, em 1997, ao comprar o Bamerindus dentro do plano de reestruturação do sistema financeiro, obtendo, nesses 18 anos, um lucro de mais de R$ 15 bilhões. Gleisi Hoffmann afirmou que o HSBC pode deixar o Paraná com um vazio em sua economia e milhares de desempregados.

“Não é possível que um banco trate desta forma a sexta economia do mundo. Algo tem que ser explicado ao Brasil. Se for necessário, faremos uma comissão para ir até Londres falar com o presidente mundial do banco. Eles não podem deixar o Brasil como se estivessem deixando uma colônia de férias. O país colaborou com o banco”, disse a senadora. Ela acrescentou que o banco precisa explicar também problemas nos quais está envolvido – como o caso das contas de brasileiros no Exterior, acompanhado por uma CPI no Senado.

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