Santander diz que, das 600 novas agências prometidas, 180 abrem em 2010

O Santander reafirmou mais uma vez a previsão de abrir 600 novas agências no Brasil nos próximos três anos. Em reportagem publicada no domingo, dia 9, pelo jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, o diretor-executivo do banco, Wagner Ferrari, confirmou a promessa e adiantou que 180 serão abertas neste ano, o que exigirá suporte de mais mil gerentes e 600 funcionários a serem contratados ainda em 2010. No RS serão 11 agências este ano e no mínimo mais 20 em 2011, segundo Ferrari.

O dirigente do banco disse também que em julho vai começar a troca da marca Real das agências, para Santander, “sem transtornos para os clientes”. Senhas, números de contas, cartões e talões de cheques do Banco Real não perderão a sua validade.

Bancários apoiam abertura de agências

“Apoiamos a abertura de novas agências, pois possibilita a realocação de funcionários atingidos pelo processo de fusão e a contratação de novos trabalhadores, como forma de evitar demissões, contribuir para a melhoria do atendimento aos clientes e a ampliação do nível de crédito e da bancarização da população”, destaca o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

“O crescimento da economia brasileira é também momento oportuno para a abertura de novas agências. O Rio Grande do Sul, aliás, oferece muitas oportunidades, sobretudo porque muitas agências do Meridional foram fechadas após a privatização, deixando o Santander fora de cidades importantes na Grande Porto Alegre e no interior gaúcho”, ressalta Ademir.

Banco quer maior fatia de clientes

Na reportagem, o banco divulga alguns números do balanço, a sua posição atual no Rio Grande do Sul, os novos produtos e as perspectivas de crescimento no Estado.

Em março, o Santander Brasil realizou mais de R$ 240 bilhões de captações totais, sendo R$ 134 bilhões em captações de clientes e R$ 107 bilhões em fundos de investimentos. Naquele mês, apresentou em torno de 23 milhões de clientes e mais de 10 milhões de correntistas ativos. A rede de atendimento é formada por 3.587 pontos de venda, entre agências e postos de atendimento.

Maior banco estrangeiro do Brasil, dono de R$ 316 bilhões em ativos – posição de março -, o Santander Brasil (Banco Santander mais Banco Real) ambiciona conquistar fatias maiores do mercado de clientes do Rio Grande do Sul, onde atua com 355 agências. Destas, 136 são oriundas da fusão com o Real. Investir no Rio Grande do Sul é prioridade.

Presente em 718 cidades no país, das quais 78 no Rio Grande do Sul, e com uma carteira de 520 mil clientes (pessoas físicas e empresas) no Estado, o Santander quer mais do mercado gaúcho.

Novos produtos

Conforme a reportagem, um dos instrumentos para alargar sua base é seu portfólio de produtos “top” para os clientes. Entre eles, Ferrari destaca o Santander Master, cheque especial para pessoas físicas com 10 dias sem juros.

Aos correntistas de alta renda, há os espaços Van Gogh, nos quais o atendimento é personalizado, 24 horas, para qualquer operação. O cliente tem direito a dois cartões Platinum e a mais 10 cartões adicionais.

Para as empresas, o “carro-chefe” é a Conta Integrada Santander, focada em pequenas e médias. Possibilita ao estabelecimento ter uma conta-corrente com domicílio integrado. Isto é, recebe de forma unificada os créditos de Visa e MasterCard, aceita grande variedade de cartões regionais e a venda de serviços, tudo em um terminal.

No mesmo pacote, une produtos financeiros do banco e serviços de credenciamento dos estabelecimentos para o uso de cartões de crédito e débito (serviço oferecido pela GetNet). Ainda há o Cheque Empresa Plus, um crédito ágil de curto prazo, direto na conta-corrente, com cinco dias sem juros. Os valores variam entre R$ 1,5 mil e R$ 500 mil.

Também neste semestre, o Santander provocará a concorrência com o lançamento de mais produtos. “Ainda não é momento para anúncios, é informação estratégica”, diz Ferrari. Mas as metas do Santander são de expansão no Estado. O Santander, lembra o executivo, criou vínculos com a história do Estado desde a aquisição do Banco Meridional e está em sintonia permanente com a qualidade e a alta exigência dos clientes gaúchos.

“Temos grande interesse no Rio Grande do Sul e em continuar investindo no Estado, porém num relacionamento de longo prazo”, afirma o diretor-executivo. “Além disso, dos dois Santander Cultural, no Brasil, um está aqui. O outro está em Pernambuco”, acrescentou.

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