Recife: Bancários aderem à Greve Geral apesar da pressão dos banqueiros

Os bancos públicos e privados localizados nos principais corredores da Região Metropolitana de Recife aderiram à Greve Geral, convocada pelas Central Única dos Trabalhadores e demais centrais sindicais, nesta sexta-feira (30). Para marcar a mobilização, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco realizou um ato público, às 13h, em frente à agência Guararapes da Caixa Econômica Federal.

Com o apoio da categoria, a entidade manteve as agências do Bairro do Recife e das avenidas Conde da Boa Vista e Dantas Barreto fechadas até o meio-dia, em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência e pela revogação da Lei da Terceirização. Os bancários também cruzaram os braços em municípios estratégicos, como Camaragibe, Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guararapes e outros no Interior do Estado.

Para a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, os bancários estão esclarecidos sobre os impactos negativos que as medidas do governo ilegítimo e corrupto de Michel Temer representam para os trabalhadores. "Essa foi uma greve consciente, com adesão de grande parte da categoria. Houve pressão, correspondências, desconto de ponto por parte dos bancos. Mas os trabalhadores entenderam que não podem ficar acuados e que precisam vir para a luta porque, caso contrário, esse governo vai acabar com os nossos direitos", afirma.

Durante a manhã, os dirigentes realizaram reuniões com os bancários para tratar sobre a conjuntura política adversa que o país atravessa e ouvir as sugestões e anseios da categoria. "O nosso país está afundando. Este é o momento de reflexão e união com as demais categorias para mostrar que estamos em pé de guerra com o governo Temer e com os golpistas do Congresso e do STF", contribuiu a empregada da Caixa, Eugênia Torres.

O secretário de Administração do Sindicato, Geraldo Times, aproveitou a oportunidade para destacar a importância do papel social dos bancos públicos e denunciar a política ultraliberal que está sendo implementada pelo governo. "É a partir do caos que é construída de forma orquestrada as reformas e o desmonte das empresas públicas", afirmou. A relação de dependência entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário também foi alvo de crítica pelo dirigente.

A mobilização específica dos bancários culminou em ato público no qual a categoria alertou a população sobre os impactos negativos da reformas trabalhista e da Previdência e convocou a sociedade para participar do ato político-cultural da Greve Geral, às 15h, na Praça da Democracia, no bairro do Derby, na cidade do Recife(PE).

"Estamos vivendo um período de exceção, iniciado com o golpe contra uma presidenta eleita legitimamente. Mas, hoje, no Brasil inteiro está havendo paralisações, porque a classe trabalhadora entendeu que ou acabamos com os golpistas ou eles acabam com a gente", concluiu o representante nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Expedito Solaney.

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