Pressão dos bancários força Mercantil a desistir de reestruturação

Dirigentes sindicais cobram transparência e respeito do banco

Em mais uma vitória dos bancários, o Mercantil do Brasil garantiu aos representantes de seus funcionários, na segunda-feira, dia 3, em reunião realizada na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE-MG), em Belo Horizonte, que colocará fim ao processo de reestruturação.

As mudanças que estavam em curso foram responsáveis pelo fechamento de oito agências, mudança de perfil de sete e,consequentemente, pela demissão de dezenas de bancários por todo o país, inclusive de trabalhadores acometidos por doenças ocupacionais e detentores de estabilidade provisória de emprego.

Durante a reunião, os dirigentes sindicais cobraram transparência da direção do Mercantil em relação à situação de seus funcionários e mais respeito para com os milhares de correntistas prejudicados pelo encerramento das atividades nas agências atingidas pela reestruturação.

Apesar de ter anunciado o fim da reestruturação, o Mercantil alegou que ainda será necessário o fechamento das agências Carioca e Cinelândia, no Rio de Janeiro. O banco garantiu que não realizará demissão em massa e que seu objetivo agora é ampliar o número de agências, principalmente as de uso exclusivo para beneficiários do INSS.

Para Marco Aurélio Alves, funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato, o anúncio do banco ainda não traz tranquilidade aos trabalhadores e clientes da instituição. “Esperamos mais do Mercantil do Brasil. Mais contratações e mais transparência nas relações com os trabalhadores e sindicatos, com o fim de projetos mirabolantes que tanto aterrorizam clientes e funcionários”, cobrou.

Já o funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato, Vanderci Antônio da Silva, destacou que a pressão dos trabalhadores, sindicatos e da Contraf-CUT foram fundamentais para o recuo do banco em relação ao processo de reestruturação e demissão em massa.

“Devemos continuar mobilizados e atentos em relação à extrapolação da jornada de trabalho e à cobrança por metas absurdas devido à redução de funcionários nas dependências atingidas. Nós, funcionários, não podemos e nem devemos pagar por erros cometidos pela alta cúpula do Mercantil”, afirmou Vanderci.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram