Pesquisa do Seeb MT revela assédio moral no Banco do Brasil

(Cuiabá) O Sindicato dos Bancários e dos Trabalhadores do Ramo Financeiro no Estado de Mato Grosso (Seeb/MT) realizou de 29 de janeiro a 15 de fevereiro uma pesquisa por amostragem para saber sobre as relações de trabalho e se existem casos de assédio moral dentro das agências do Banco do Brasil na base da entidade.

Para isso, foi aplicado um questionário com oito questões voltadas para o assunto, onde os funcionários do banco puderam fornecer dados sem a necessidade de identificação. O resultado demonstra que as relações de trabalho no BB estão precárias e que o assédio moral é uma constante sobre os funcionários.

De acordo com o levantamento, 32% dos bancários do BB, já passaram por situações de assédio moral. Muitos deles responderam que os funcionários estão sendo sufocados, mal tratados e obrigados a exercer determinadas funções, sem receber a devida remuneração.

Sobre esse último aspecto, 36% dos trabalhadores afirmam ter assumido nos últimos seis meses, cargos superiores hierarquicamente, tendo todas as responsabilidades dobradas, porém sem receber por isso. Além disso, 61% dos bancários do BB já se viram obrigados a trabalhar após o horário normal, para o cumprimento de metas e tarefas diárias.

Quando perguntados, se as atuais políticas da diretoria do Banco do Brasil possuem a capacidade de ouvir as diferentes partes (funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo etc.) e incluí-los no planejamento de suas atividades, incorporando-os e se enquadrando no conceito divulgado pelo banco de ‘Responsabilidade Sócio-empresarial’, 65% dos funcionários responderam que a instituição não está inserida neste contexto, e além desse número, outros 57% afirmaram que o banco não desempenha seu papel de banco público, não atuando em favor da maioria do povo brasileiro.

Na pesquisa, os bancários do BB ainda apontaram a ausência de uma política justa quanto ao cumprimento de metas, que segundo eles, está abusiva, baseada na pressão, na cobrança excessiva e na priorização pura e simplesmente do lucro, levando-os às mais diversas doenças ocupacionais, como LER/DORT, doenças mentais e psicológicas.

Lembraram ainda, que a diretoria do BB ao pensar apenas em elevar seus lucros, está esquecendo os valores pessoais e humanos, que deveriam pautar a política de qualquer empresa que diz possuir responsabilidade sócio-ambiental.

“Todas as pontuações apresentadas pelos bancários mostra o quadro deficitário no qual o Banco do Brasil tem construído sua história. Eles têm encarado cada vez mais a precariedade nas condições de trabalho, isso sem mencionar o número insuficiente de funcionários e total desrespeito da empresa com seus trabalhadores e por tabela, com seus clientes”, conclui Arilson da Silva, presidente do SEEB/MT.

Fonte: Neila Gonçalves – Seeb MT

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