Passeata dos trabalhadores em Fortaleza reforça greve nacional

Mobilização dos bancários e outras categorias no Ceará

Com o apoio de diversas categorias, das centrais sindicais e do Sindicato dos Bancários do Ceará, os trabalhadores cearenses realizaram uma grande caminhada pelas ruas do Centro de Fortaleza na tarde de quarta-feira (25). Entre as principais palavras de ordem estavam o respeito à pauta de reivindicações e o fim do Projeto de Lei 4330. Casas comerciais e agências bancárias do bairro, em solidariedade ao movimento, fecharam as portas antes do fim do expediente.

Estiveram presentes, entre outros, os trabalhadores da saúde, asseio e conservação, metalúrgicos, comerciários, caminhoneiros e Correios (os últimos também estão em greve).

A caminhada partiu da Praça do Carmo e se encerrou na Praça Murilo Borges. “Está muito claro para os bancários a solidariedade de classe no Brasil. Os trabalhadores clamam por mais segurança, por mais educação, por mais empregos, por melhor remuneração, pelo fim do PL 4330. Essa é a luta dos bancários e dos Correios em greve, mas essa também é a luta de todos os trabalhadores”, afirmou o presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra.

Diretor do Sindicato, Clécio Morse destacou o caráter pacífico da manifestação, que não registrou nenhum transtorno em todo o trajeto, e o apoio de movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

“Essa caminhada foi uma grande vitória da unidade dos bancários, dos Correios e das outras diversas categorias que também participaram do movimento. São os trabalhadores juntos exigindo do Governo Federal e dos banqueiros uma negociação imediata”, disse.

Ribamar Pacheco, também diretor do Sindicato, frisou as péssimas condições dos serviços públicos que os trabalhadores brasileiros enfrentam, como na segurança e na saúde.

“As categorias estão demonstrando, nas ruas, a sua indignação frente a todas essas adversidades que encontramos hoje no Brasil. No caso específico dos bancários, as condições de trabalho estão cada vez mais precarizadas. Estamos em campanha e contando com a solidariedade de todos. Trabalhadores unidos, com certeza, haverão de mudar essa realidade”, afirmou.

A greve continua forte

Os bancários continuaram com os braços cruzados em agências de diversos bairros de Fortaleza, nesta quinta-feira (26), oitavo dia de greve nacional da categoria. Essas unidades se juntam com várias outras paralisadas em todo Interior do Ceará por tempo indeterminado, até que surja proposta decente dos bancos que contemple os anseios dos bancários.

Também fortalecem a greve, principalmente, os corredores bancários como Centro, São Gerardo, Messejana, Aldeota, Água Fria (Av. Washington Soares), Cidade dos Funcionários (Av. Oliveira Paiva), Carlito Pamplona (Av. Francisco Sá), Montese, Conjunto Ceará, Benfica, Dionísio Torres, Bairro de Fátima etc. Em todos esses bairros, os bancários mantiveram as agências paralisadas.

A greve foi iniciada no dia 19, em resposta ao reajuste de 6,1% proposto pela Fenaban, sem aumento real, feito ao Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT.

“Essa proposta é uma afronta aos bancários. Nós merecemos mais, até porque os trabalhadores são os grandes responsáveis pela alta lucratividade auferida pelos bancos”, disse Carlos Eduardo.

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