Oitavo dia de greve: a culpa é dos bancos e trabalhadores fortalecem a luta

São Paulo – Os bancários entram no oitavo dia de greve com agências fechadas em São Paulo, Osasco e região nesta terça-feira (13). Os trabalhadores fortalecem a luta a cada dia contra a postura dos bancos, que querem impor perdas aos trabalhadores com uma proposta rebaixada que não cobre nem a inflação, enquanto se propõem a pagar grandes aumentos para executivos.

"Os bancos estão sendo oportunistas e querem se aproveitar da crise para acabar com o modelo de aumento real", ressalta a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. Ela destaca que ao contrário de outros segmentos, "o momento não está difícil para os bancos, cujo lucro cresceu 27% nos seis primeiros meses do ano, para R$ 36 bilhões".

No dia 25 de setembro a federação dos bancos (Fenaban) apresentou proposta de reajuste de 5,5% mais abono de R$ 2.500. Foi considerada desrespeitosa pela categoria, que rejeitou o índice e deflagrou greve a partir do dia 6, em assembleias realizadas no dia 1º de outubro. "O silêncio dos banqueiros faz a greve crescer a cada dia", reforça a dirigente.

Exploração para alguns – Enquanto querem impor perdas para seus empregados, os bancos preveem pagar aumentos de até 81% para seus executivos. Vale lembrar que a remuneração média desses diretores já chega a R$ 419 mil ao mês, perfazendo R$ 5 milhões ao ano. Um bancário em início de carreira levaria 210 anos para ganhar o mesmo. A luta dos bancários também é contra toda essa desigualdade. 

Assembleia – Para debater estratégias e os rumos do movimento, bancários se reúnem na Quadra (Rua Tabatinguera, 192, Sé) nesta terça, às 17h. Leve documento com foto e crachá do banco para credenciamento. A partir das 16h, tem reunião do Comando Nacional de Greve. Participe da luta!

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