No Dia Nacional de Luta, bancários do Recife cobram avanços do Santander

Manifestação em Pernambuco por novas conquistas para os funcionários

O Sindicato dos Bancários de Pernambuco realizou nesta terça 11 vários protestos no Recife, marcando o Dia Nacional de Luta por avanços nas negociações do acordo aditivo do Santander à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Os dirigentes sindicais visitaram as agências Veneza, Conde da Boa Vista e Imperatriz para dialogar com os trabalhadores do banco e fizeram manifestações.

“Na próxima terça-feira 18, teremos a sexta rodada de negociação e o Santander até agora não avançou no que se refere às reivindicações sobre condições de trabalho”, afirma Tereza Souza, funcionária do Santander e diretora da Fetrafi-NE (Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro no Nordeste).

Esta é a grande trava nas discussões. O banco se nega a debater o que hoje é o principal problema para os funcionários: metas abusivas, realização de teleconferências e reuniões diárias para cobrança de metas.

“Não é à toa que o Santander é o banco que mais adoece trabalhadores. A gente acorda pensando nas metas, vai dormir pensando nas metas…”, afirma o secretário de Administração do Sindicato, Epaminondas Neto, que também é funcionário do banco.

Em carta aberta entregue aos trabalhadores, as entidades sindicais denunciam a falta de funcionários, metas abusivas, sobrecarga de serviço e assédio moral no banco, que ocupa as primeiras posições do ranking de reclamações de clientes no Banco Central.

“Enquanto isso, o Santander gasta milhões em propaganda como na Fórmula 1 e na Copa Libertadores. Cada diretor-executivo ganha, em média, R$ 5,7 milhões este ano, considerando salários, bônus e participação nos resultados, conforme foi aprovado na assembleia dos acionistas do banco em abril”, denuncia o documento.

Funcionária do Bradesco, a secretária de Finanças do Sindicato Suzineide Rodrigues ressaltou a importância do aditivo. “O Santander é o único banco privado que – a exemplo da Caixa, BB e BNB -, possui um acordo aditivo para tratar de suas questões específicas. Mas é preciso que este instrumento sirva para ampliar as garantias. O Santander deve ao Brasil 20% de seu lucro mundial. Em nenhum outro país o banco ganhou mais. Até na Espanha, o lucro foi menor, de 14%. No entanto, os bancários brasileiros não são valorizados”, conclui Suzi.

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