Na Bahia, campanha nacional chega ao extremo sul

Nesta segunda-feira (22) foi a vez da população de Itamaraju acompanhar atos de protesto promovidos pelo Sindicato dos Bancários do Extremo Sul da Bahia (Sindibancários) dentro do cronograma da Campanha Nacional dos Bancários 2016. As atividades ocorreram em frente ao Bradesco, onde a abertura da agência foi retardada, e ao Banco do Brasil.

A exemplo do que ocorreu nas manifestações em outras cidades, os sindicalistas cobraram melhor atendimento por parte dos bancos, o fim do assédio moral e das metas abusivas, além da longa espera nas filas.

A pauta de reivindicações, que inclui ainda reajuste salarial de 14,78%, foi entregue aos bancos, que não apresentaram contrapropostas no início das negociações com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT.

Sinal de greve

Diante disso, o dirigente do Sindibancários Gildenê Prates sinalizou para uma possível greve geral por tempo indeterminado, em decorrência da "negligência" dos bancos na mesa de negociação. "Caso essa greve aconteça, a culpa será dos banqueiros, que pensam somente em lucrar", disparou Prates, afirmando que "essa luta não visa apenas os direitos dos bancários, mas também o bom atendimento aos usuários".

Lucro e juros altos

O coordenador geral do sindicato, Carlos Eduardo Coimbra, denunciou, em pronúncia em frente ao Bradesco, as altas taxas de juros cobradas pelos bancos, que chegam, de acordo com o sindicalista, a 300% ao ano. "O Bradesco é um dos bancos que mais lucram no Brasil, porém, não presta bons serviços aos seus usuários", criticou Coimbra.

Denunciou o dirigente as demissões em massa promovidas pela instituição de crédito, citando que somente em 2016 o banco demitiu treze funcionários no extremo sul baiano. "As agências necessitam de maior número de funcionários para "desafogar" o seu quadro de serviços, mas, ao invés de contratar, o Bradesco demite", concluiu.

“A nossa luta cobrará dos banqueiros uma resposta nas questões de saúde, condições de trabalho, segurança, garantia de emprego e remuneração entre outras pautas de reivindicações.  Sabemos o lucro dos bancos é gigantesco, por isso, os banqueiros têm condições sim de conceder as nossas reivindicações”, reiterou Thomaz Edson Andrade, também diretor do sindicato.

Descontração

A chuva iniciada no final da manhã não impediu a mobilização dos sindicalistas, que distribuíram bolos e refrigerantes representando a luta por igualdade, ao som da fanfarra Charanguete Pradense, e pediram o apoio da população.

No extremo sul baiano, as mobilizações da Campanha Nacional, que tem o mote "Só a luta te garante", começaram no último dia 16 em Eunápolis e se estendem nesta terça-feira (23) até Teixeira de Freitas. No dia 29 será a vez de Porto Seguro.

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