Mulheres das centrais sindicais estão unidas em defesa de direitos das trabalhadoras

A defesa dos direitos das trabalhadoras une mulheres das centrais sindicais. Esta foi a conclusão do Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais (FNMT) que se reuniu nesta terça (21), em São Paulo.

Foi o primeiro encontro das mulheres da CUT, CTB, UGT, NCST e Força Sindical depois do golpe em curso contra a presidenta Dilma Rousseff e não teve como não falar sobre a atual conjuntura, as perdas e retrocessos dos direitos são preocupações das mulheres das centrais.

“Nós sempre lutamos pela ampliação dos direitos das mulheres, mas nós tivemos avanços inegáveis nestes últimos anos. Este golpe contra a presidenta foi também um golpe contra todas as mulheres”, afirmou a Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Junéia Martins Batista.

O governo de Michel Temer sinaliza retrocessos nos direitos trabalhistas, nas políticas sociais e particularmente nos direitos das mulheres. “Além de colocarem uma mulher sem compromisso nenhum com os movimentos feministas e das trabalhadoras, este governo golpista suspendeu as reuniões dos Conselhos até agosto desrespeitando o estatuto do conselho que determina as reuniões periódicas acabando assim com qualquer diálogo com as mulheres deste país”, contou a diretora executiva da CUT, Mara Feltes.

Junéia complementou dizendo que “o Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres é um espaço fundamental para debatermos e mapear as prioridades das mulheres do Brasil, pois é um espaço do controle social para articulação e elaboração de políticas públicas”.

Michel Temer já sinalizou que apoiará a aprovação da terceirização ampliada e uma possível reforma da previdência que atingirá, na grande maioria, as mulheres. Além disso, nomeou Fátima Pelaes, que é contra o aborto em caso de estupro, para a secretaria de Políticas para Mulheres. “Somos contra qualquer retrocesso nos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e é isso que nos une”, destacou Junéia.

O Fórum também discutiu a campanha pela ratificação da convenção 156 da OIT, que trata da não discriminação de trabalhadoras e trabalhadores com responsabilidades familiares e cobra dos governos políticas públicas e compromisso dos empresários.

“Iremos fazer uma grande campanha para que o governo ratifique a convenção 156 porque será um grande passo para igualdade de gênero neste país”, finalizou Mara.

As mulheres das centrais deliberaram nesta reunião que irão construir um documento que divulgue a opinião do FNMT sobre a conjuntura política brasileira para ser entregue numa audiência pública que deverá debater a importância da ratificação da convenção 156 e em defesa dos direitos e avanços conquistados pelas mulheres neste último período.

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