MS: Em dia de negociação com a Fenaban, sindicato percorre agências da Capital

Na tarde desta terça-feira, (21), será realizada a oitava rodada de negociação da Campanha Nacional dos Bancários. Os diretores do SEEBCG-MS estão percorrendo as agências de Campo Grande para conscientizar sobre a importância de unidade da categoria.

Nas últimas negociações, os bancos frustraram as expectativas dos bancários, a Fenaban apresentou uma proposta que previa acordo de quatro anos com reposição da inflação a cada data base da categoria (1º de setembro). Para 2018, o reajuste seria de 3,82% (projeção do INPC entre 1º de setembro de 2017 e 31 de agosto de 2018). A categoria rejeitou a proposta em assembleias realizadas em todo o Brasil.

Segundo o presidente do SEEBCG-MS, Edvaldo Barros, o sindicato tem feito mobilizações em todos os 27 municípios que compõem sua base, com o objetivo de conscientizar a categoria. “Essa semana temos intensificado o movimento na Capital e, para isso, nós precisamos da participação dos bancários . Entendemos que, no momento, é necessária a participação de todos para que a gente realmente garanta os nossos direitos e avance em nossas conquistas”, afirmou Edvaldo.

De acordo com a secretária de Finanças do sindicato, Neide Rodrigues, a categoria espera uma proposta decente na negociação de hoje. “Aguardamos uma proposta decente que venha recompor a inflação e ainda tenha ganho real, caso contrário, provavelmente, iremos para a greve, pois nós não aceitamos uma proposta rebaixada. Hoje, o sindicato percorre todas as agências da Capital para mobilizar, conscientizar e preparar os bancários para uma possível greve, caso não saia nenhuma proposta que contemple nossas reivindicações”, ressaltou.

Os bancos ainda querem alterar cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, segundo eles, para garantir segurança jurídica, mas não apresentaram a redação das modificações.

O secretário geral do sindicato, José dos Santos Brito, afirmou que os bancários precisam entender que este momento de negociação é delicado para os direitos historicamente conquistados da categoria.“Estamos também ouvindo e conversando com os bancários para que a categoria entenda a delicadeza dessas negociações e importância da mobilização. Os bancos não têm justificativa para não conceder aumento real, pois eles possuem lucros exorbitantes que só crescem”, completou.

Lucros

No primeiro semestre deste ano, Banco do Brasil, Caixa, Itaú, Bradesco  e Santander  já ganharam R$ 41,9 bilhões, alta de 17,8% se comparado ao mesmo período de 2017. Os ativos dessas instituições, somados, bateram a casa dos R$ 6,2 trilhões no semestre. Um montante que supera, em muito, orçamentos como da Saúde (R$ 114,8 bi) e da Educação (R$ 109 bi) no Brasil para todo o ano de 2017.

Para o secretário de Assuntos Jurídicos do SEEBCG-MS, Orlando de Almeida, a categoria bancária cobra sua parte nesses lucros como reivindicações. “Os bancários vêm trabalhando arduamente para garantir o lucro dos bancos e agora, mais do que nunca, merecem salário digno, melhores condições de trabalho e de saúde, fim das metas abusivas e o respeito por toda a categoria bancária”, completou.

 

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