Ministério Público investiga abertura de novo concurso pelo BB

Segundo Reportagem publicada nesta segunda-feira, dia 14, no portal brasiliense CorreioWeb, o Ministério Público do Trabaho (MPT) vai investigar a abertura de novo concurso público para o Banco do Brasil (BB). A decisão foi tomada pelo procurador do Trabalho Cristiano Paixão, com base em representação protocolada pelo deputado distrital Chico Leite (PT-DF), em 25 de março.

O Banco do Brasil tem 15 dias para explicar ao MPT porque decidiu ignorar o cadastro de reserva de concurso público realizado há dois anos. Segundo a matéria do CorreioWeb, o diretor de Gestão de Pessoas do Banco do Brasil, Juraci Masieiro, comentou que o motivo para a realização de novo concurso é acelerar a posse de novos funcionários, uma vez que teriam ocorrido 20% de desistência dos aprovados nos últimos dois anos. Segundo ele, a expectativa do banco é reduzir esse índice.

Cerca de 1.800 candidatos aprovados ainda não foram nomeados ao cargo de escriturário do Banco de Brasil, relativos ao concurso de 2006. Mesmo assim, a instituição resolveu abrir novas seleções para o mesmo cargo, nos estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, São Paulo, Bahia e Distrito Federal. Uma comissão de aprovados no concurso pediu apoio para a prorrogação do prazo inicial do edital e convocação dos classificados, em vez de se lançar novo edital.

Eles alegam, que de acordo com o Superior Tribunal de Justiça, havendo candidatos aprovados no concurso, mas ainda não aproveitados pela Administração, a abertura de novo certame, quando ainda válido o anterior, é uma ofensa ao direito dos candidatos remanescentes, que têm direito de preferência sobre os aprovados na nova disputa.

“Uma vez que os concursos do banco são regionalizados, a Contraf-CUT defende o lançamento de novos editais mas para suprir a demanda de funcionários das regiões não atendidas pelo concurso anterior”, avalia William Mendes, secretário de Imprensa da Contraf-CUT e funcionário do BB.

Para ele, não existe justificativa para não chamar os trabalhadores já aprovados, até porque, em 2007, o banco dispensou 7 mil funcionários que irão receber por até dez anos para ficar em casa. “Enquanto isso, as agências estão com o quadro reduzidíssimo em comparação com bancos concorrentes. O banco precisa deixar de lado a morosidade em contratar, aumentar a dotação de funcionários por dependência e chamar esses concursados já aprovados”, sustenta.

Fonte: Contraf-CUT, com informações de Correioweb

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