Mapa da Diversidade será lançado no próximo dia 2

(São Paulo) Finalmente depois de meses de espera, a Febraban confirmou para o dia 2 de abril o lançamento da pesquisa que vai traçar o “Mapa da Diversidade” no setor bancário. A solenidade está marcada para 8h, em São Paulo, com um “café com sustentabilidade”, em local ainda indefinido. “Com o lançamento confirmado, o importante agora é que os dirigentes sindicais estejam engajados nesse processo. É preciso acompanhar de perto a aplicação do questionário do Mapa da Diversidade e orientar muito bem os bancários para que tenhamos o resultado mais fiel possível”, afirma Arlene Montanari, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.

Segundo Arlene, o Mapa de Diversidade nada mais é do que a “auditoria” que os trabalhadores reivindicam desde antes da instalação da Mesa Temática Igualdade de Oportunidades na Fenaban, em 2000. A dirigente ressalta que o sucesso do projeto é importante para os bancários, até porque ele vem corroborar aquilo que o movimento sindical sempre denunciou: “que há diferenças, discriminação, subcontratação nos bancos. A partir dessa pesquisa, poderemos propor ações para corrigir essa situação e alcançar a efetiva igualdade de oportunidades para todos”, explica.

O projeto do Mapa da Diversidade nasceu quando a Contraf-CUT denunciou para a Fenaban que havia discriminação nos locais de trabalho e que as contratações eram desiguais. “As mulheres, os negros, os idosos, os homossexuais e os trabalhadores com deficiência são preteridos na hora da contratação ou não têm quase chances de subir na carreira. A Fenaban, entretanto, negou a discriminação e nos desafiou a provar. Daí publicamos o ‘Rosto dos Bancários’, uma pesquisa realizada pelo Dieese em 2001 que comprovava toda a discriminação que denunciamos”, explica Arlene.

De posse dessa publicação, o Ministério Público do Trabalho resolveu procurar os bancos para garantir um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O documento garante prazos e metas para eliminar as desigualdades, mas não houve concordância por parte dos bancos.

“Daí o MPT entrou na justiça contra cinco bancos (Itaú, Bradesco, ABN, Unibanco e HSBC) por discriminação coletiva. Perdemos em primeira instância, porém o movimento negro arrancou uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara dos Deputados, em meados de 2005. A audiência rendeu reuniões permanentes que perduram até hoje, entre o MPT e Febraban, com participação da Contraf-CUT”, diz Arlene.

Fonte: Contraf-CUT

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