Lucro do BNB cresceu 223% no 1º semestre

Crescimento da margem de intermediação financeira e redução das despesas de provisionamento para riscos duvidosos influenciaram o resultado

O Banco do Nordeste Brasileiro (BNB) obteve um lucro líquido de R$ 744,8 milhões no 1º semestre de 2019, crescimento de 223% em relação ao mesmo período de 2018. O resultado operacional no período cresceu 161,1%, chegando a R$ 1,2 bilhão e a rentabilidade (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) foi de 35,7%, com alta de 22,6 pontos percentuais no período.

Desconsiderando-se os resultados extraordinários do período, o lucro líquido ajustado (recorrente) ficou em R$ 481,9 milhões, com alta de 219,3% em relação a junho de 2018.

De acordo com análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no relatório do banco, o resultado se deve, especialmente, ao crescimento da margem da intermediação financeira e à redução de 3,4% do provisionamento para riscos duvidosos (PDD), totalizando R$ 216,5 milhões.

Mesmo diante dos lucros crescentes, o banco continua reduzindo seu quadro de pessoal. Ao final do 1º semestre de 2019, o banco haviam sido fechados 268 postos de trabalho, na comparação com junho de 2018, encerrando 1º semestre com 6.721 funcionários.

Os ativos do BNB cresceram 2,8% em doze meses, chegando a R$ 59,7 bilhões, onde se incluem recursos disponíveis do Fundo do Nordeste (FNE). O patrimônio líquido do banco atingiu R$ 4,7 bilhões, com alta de 18,7%.

A carteira de crédito, considerando-se a carteira do FNE, que é administrada pelo banco, atingiu a cifra de R$ 61,6 bilhões, com crescimento de 15,6% em doze meses.

As taxas de inadimplência da carteira total do banco no período não foram mencionadas no relatório. É citada apenas a taxa do Agroamigo, relativa ao Microempreendedor Rural, que ficou em 4,79% e, de acordo com o banco, apresentou queda de 12,6% em relação a junho de 2018.

Com crescimento de 6% em doze meses, as receitas de prestação de serviços e rendas de tarifas bancárias totalizaram R$ 1,3 bilhão. Já as despesas de pessoal cresceram 5%, chegando a R$ 1 bilhão. Esses resultados impactaram na redução da relação entre ambas e a cobertura das despesas de pessoal por essas receitas secundárias do banco ficou em 127,8%.

O número de agências permaneceu o mesmo, totalizando 292 agências, porém, foram abertas 4 novas unidades de microcrédito, totalizando 479 unidades.

Veja abaixo tabela resumo do balanço, elaborada pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT, com informações do Dieese

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