Greve segue forte e Banpará não traz proposta na primeira negociação

Após a primeira rodada frustrante de negociações específicas do Banpará, os funcionários do banco seguiram firmes nesta quinta-feira (6), o terceiro dia de greve em todo Estado do Pará. Um giro pelas agências da capital confirmou a disposição da categoria em lutar por melhores salários e condições de trabalho.

“A cada dia que passa, precisamos fortalecer nosso movimento pacífico e legítimo e, enquanto a direção do banco continua não disposta a negociar, devemos mostrar que não vamos parar nossa greve até que tenhamos respostas positivas para as nossas reivindicações”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.

O balanço da greve é outra prova de que o funcionalismo não agüenta mais tanto desrespeito por parte da direção do Banpará. “A maioria das agências em todo o Estado está paralisada, isso mostra mais uma vez a força da nossa categoria que exige respeito de seus gestores e da direção, que aliás não tem do que reclamar, afinal todos tiveram seus salários reajustados cerca de 100%, não tem ponto pra bater, entre outras regalias. Já os demais trabalhadores aguardam melhores salários há pelo menos um ano, mas o banco continua se recusando a negociar”, destaca a diretora do Sindicato e funcionária do Banpará, Érica Fabíola.

“Esperamos que na próxima terça-feira, dia 11, as coisas melhorem e de uma vez por todas o banco negocie. Estamos cansados de enrolação. O Banpará não precisa esperar a Fenaban para começar a discutir as reivindicações específicas do seu funcionalismo”, desabafa a diretora do Sindicato que também é funcionária do Banpará, Odinéa Gonçalves.

“Além de não atender às reivindicações dos trabalhadores, o banco ainda quer implantar o Ponto Eletrônico subtraindo 15 minutos da vida dos bancários de 6 horas e engessando o horário de almoço em 2 horas dos bancários de 8 horas. Um absurdo!”, critica a diretora da Fetec Centro Norte e funcionária do Banpará, Vera Paoloni.

O funcionalismo do Banpará quer piso do Dieese (R$ 2.416,38) com reflexo no PCS, respeitando o percentual de 5% entre os níveis; PLR linear para todos; PCS não vinculado às metas; promoção para todos no PCS na data base; aumento de comissão para todos; valorização dos funcionários do SAC; fim do assédio moral; placas sobre pausa de 10 minutos e ginástica laboral; e implantação do Plano Odontológico.

TRT convida Sindicato e Banpará para conciliação

A vice-presidência do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) convidou novamente o Sindicato e o Banpará para reunião de conciliação na próxima segunda-feira (10), às 11 horas. O Sindicato estará presente, representado por Rosalina.

Primeira rodada de negociação

Ocorreu na tarde de quarta-feira (5), segundo dia de greve, a primeira rodada de negociação com o Banpará, que só aconteceu após muita insistência, atos públicos, paralisações e denúncias.

A primeira cobrança do Sindicato em mesa foi o fato denunciado pela presidenta da Afbepa, referente à cassação da sua liberação prevista no Acordo Coletivo assinado no ano passado. O banco afirmou que não tem esse posicionamento da diretoria e que não solicitou a volta da mesma para o trabalho na agência.

Outro ponto apresentado como principal foi a necessidade da assinatura do ajuste preliminar, que renova as cláusulas do acordo anterior. O banco condicionou a renovação das cláusulas ao término imediato da greve. O Sindicato não aceitou essa condicionante e após muita pressão o banco finalmente assinou o ajuste preliminar.

“Isso representa uma importante vitória, pois assegura que todas as conquistas dos últimos cinco anos estão garantidas até assinatura do próximo acordo coletivo”, destaca a presidenta do Sindicato.

Bancários querem propostas

O Sindicato afirmou ser de fundamental importância que o banco apresentasse uma proposta global que atenda às reivindicações dos trabalhadores, considerando que a pauta de reivindicações do funcionalismo do Banpará foi apresentada no início de agosto.

O banco informou que seguiria a Fenaban e que não teria naquele momento uma proposta para apresentar para os trabalhadores.

Foi reforçada a importância de apresentação de propostas que possam ser avaliadas pelo funcionalismo.

Participaram da negociação Adilson Barros, diretor da Contraf-CUT; Rosalina, presidenta do Sindicato; Vera Paoloni, da Fetec Centro Norte, e Kátia Furtado, da Afbepa.

Próxima rodada no dia 11

Na ausência de propostas, foi marcada nova rodada de negociação para a próxima terça-feira (11), às 10 horas, na matriz do banco.

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