Greve no interior do Paraná segue forte mesmo com intransigência dos bancos

Nesta terça feira, dia 6, a greve nacional dos bancários segue forte e os sindicatos do interior do Paraná continuam a luta com a principal arma de que dispõem: a crença de que suas reivindicações não são nada além de justas.

No total, foram 24 agências fechadas em Apucarana e região, 29 em Arapoti e região, 24 em Campo Mourão e região, 23 em Cornélio Procópio e região, 279 em Curitiba e região, 27 em Guarapuava e região, 56 em Londrina e região, 21 em Paranavaí e região, 16 em Toledo e região e 55 agências fechadas em Umuarama e região. Ao todo, foram 554 agências fechadas e 06 centros administração em toda a base da FETEC-CUT-PR no dia de ontem.

Ardil

Os bancários estão tendo que lidar, cada vez mais, com mecanismos ardilosos dos bancos para se defenderem. O Bradesco, por exemplo, em Cornélio Procópio e Apucarana, está instruindo seus gerentes a registrar um boletim de ocorrência fundamentado em mentiras. No boletim deve constar que os sindicalistas estão impedindo a entrada dos clientes, o que nunca aconteceu em momento algum desta ou de outras greves.

“Dessa forma, como até a PM, que deveria nos proteger, está contra a gente, partimos para o carro de som, para o corpo-a-corpo com os clientes, para provar para eles que a gente está só exercendo o nosso direito”, diz Elizeu Marcos Galvão, diretor do sindicato de Cornélio Procópio e região e secretário jurídico da Federação dos Bancários da CUT- FETEC/CUT-PR.

Adesão

Ainda assim, esta greve dos bancários de 2009 conta com uma das maiores mobilizações dos últimos anos. Damião Rodrigues, presidente do Sindicato de Apucarana e Região, aponta para a importância da opinião pública. “A população não reclamou porque conseguimos fazê-los entender que a greve não é só uma questão de salário”. Ele comemora, ainda, a adesão dos trabalhadores bancários, apesar dos interditos proibitórios dos bancos HSBC, Itaú Unibanco e Bradesco em Arapongas, município da base.

Alcione Cristiano Macedo, presidente do Sindicato de Guarapuava e Região e secretário de bancos privados da FETEC/CUT-PR, comemora a adesão dos trabalhadores a greve. “A gente só não consegue fechar mais agências porque não temos abrangência”, diz em alusão às distâncias entre as cidades da sua região. Mas ele diz que pretende, ainda nessa terça feira, manter agências fechadas em todas as cidades.

O mesmo sentimento parece ser mostrado por Neil Emídio Júnior, presidente do Sindicato de Paranavaí e região . “O quadro de greve é bom e segue muito forte nos outros municípios da nossa base”, diz. Ainda assim, Neil lembra da dificuldade em relação às artimanhas dos bancos. “A gente aqui tem que matar um leão por dia”, completa.

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