Greve na Caixa paralisa 70% dos locais de trabalho

(São Paulo) O primeiro dia da greve dos bancários da Caixa Econômica Federal foi forte em todo o Brasil, pararam cerca de 70% das agências e concentrações. Com a greve deflagrada, a Caixa chamou uma nova rodada de negociação para esta quarta-feira à noite. Em algumas bases também pararam agências do Banco do Brasil e das empresas privadas. Confira abaixo um panorama da greve nesta quarta-feira nas regiões do país, com base nas informações repassadas pelos sindicatos à Contraf-CUT até 20h.

CENTRO-OESTE
Em Brasília, a greve na Caixa foi muito forte e atingiu praticamente todas as agências na capital federal, onde fica a sede do banco. Nos prédios administrativos, a paralisação envolveu cerca de 45% dos empregados.

No Mato Grosso, todas as agências da Caixa Econômica Federal de Cuiabá e de Várzea Grande fecharam nesta quarta-feira. No interior do Estado, a mobilização também começou. No principal centro administrativo de Cuiabá, onde funcionam a Reret, Reseg, Resec e outros departamentos, somente 10% dos funcionários entraram. A Gipro engenharia também aderiu à greve.

No Mato Grosso do Sul, todas as dez agências da Caixa de Campo Grande pararam, assim como o Escritório de Negócios. No interior, os bancários de Dourados pararam.

Desde as primeiras horas da manhã, a mobilização foi intensa no Pará e Amapá. Além das agências da Caixa, os empregados do Banco do Estado do Pará também estão totalmente paralisados no prédio da Matriz.

NORDESTE
A greve da Caixa alcançou todo o estado de Pernambuco. Das 80 unidades no estado, 59 aderiram ao movimento. Na capital, todas as agências fecharam. A perspectiva é de que a greve se estenda e se fortaleça. Algumas das agências do interior que abriram no primeiro dia de greve já garantiram que não funcionam a partir da quinta.

Os bancários da Caixa Econômica Federal paralisaram as atividades nesta quarta-feira nas agências do Ceará. Muitas pessoas reagiram com surpresa ao ver os bancos de portas fechadas. No entanto, a maioria se posicionou a favor da paralisação. Pela manhã, os funcionários dos bancos compareceram ao local de trabalho e prestaram esclarecimentos à comunidade. A paralisação foi de 100% na capital e cerca de 30% no interior. Os empregados decidiram abrir somente oito auto-atendimentos até o meio-dia para atender aposentados e pensionistas.

A greve dos empregados da Caixa Econômica Federal no Piauí mobilizou a categoria em massa chegando à adesão de 90% somente na capital, Teresina. No interior, pararam as agências de Floriano, Parnaíba, Piripiri e Campo Maior. A partir desta quinta, param a Caixa das cidades de Oeiras e Corrente.

Os empregados da Caixa cruzaram os braços na Paraíba. Na Região Metropolitana de João Pessoa, dezesseis agências ficaram fechadas e 90% das atividades da Reret e da Gidur – João Pessoa também pararam. Nas agências Cabo Branco e Epitácio Pessoa, as duas unidades que congregam o maior quadro funcional da Caixa na capital paraibana (cerca de 120 funcionários, cada), a adesão à greve foi total. A Superintendência Estadual da Caixa Econômica Federal funciona no prédio da agência Epitácio Pessoa. No interior, a greve começou forte em Campina Grande. Até 15 horas, quase 100% das agências e postos de serviços na cidade tinham aderido ao movimento, com exceção de uma agência lotada no prédio da Justiça Federal.

Em Alagoas, a greve dos funcionários da Caixa Econômica também teve forte adesão e grande mobilização. Todas as agências e unidades da capital, Maceió, incluindo o prédio da filial, pararam. No interior, a paralisação também é intensa. Pelas informações que chegaram ao Sindicato, das 15 agências que operam nos municípios somente uma (Penedo) funcionou. Em algumas cidades parou até o setor de autoatendimento.

Na Bahia, a greve na Caixa foi forte não só na capital Salvador, como no interior. Em Itabuna, pararam três agências e uma em Ibicarai. Em Vitória da Conquista, as agências Mongoiós e Centro, além das agências de Poções e Brumado entraram em greve.

SUDESTE
Em São Paulo, a paralisação atingiu 151 agências da Caixa e sete centros administrativos, o que corresponde a 61% dos locais de trabalho da capital paulista, Osasco e Região. No ABC paulista, 100% das agências da Caixa fecharam e 70% dos funcionários cruzaram os braços. No ABC, a greve atinge também os funcionários das empresas Orbital e Tartias – prestadoras de serviço para a CEF – que não têm recebido vale-transporte e os salários estão atrasados. Nas bases dos Sindicatos de Assis, Barretos, Bauru, Bragança Paulista, Catanduva, Jundiaí, Limeira, Mogi das Cruzes, Presidente Prudente e Taubaté todas as unidades da Caixa fecharam. Na base do Sindicato de Guarulhos, fecharam cinco agências, enquanto oito abriram para atendimento ao público. Os funcionários da Caixa Econômica Federal de Santos e região paralisaram todas as 25 agências do banco. De Peruíbe a Bertioga todos os funcionários foram para a porta das unidades e protestaram. Em Campinas, 18 agências pararam e outras 13 na região (Paulínia, Hortolândia, Itatiba, Vinhedo, Valinhos, Monte-Mor, Sumaré Matão e Centro, Jaguariúna, Amparo, Nova Odessa, Socorro e Serra Negra).

A greve na Caixa foi forte no Rio de Janeiro. Além da capital, os bancários pararam em Volta Redonda, Resende, Itatiaia, Barra do Piraí, Parati, Seropédica, Valença, Vassouras e Piraí. Em Niterói, pararam todas as agências da Caixa Econômica, inclusive nos dezesseis municípios que compõem a base territorial do Sindicato.

No primeiro dia de greve por tempo indeterminado, os bancários da Caixa cruzaram os braços em praticamente todas as agências e departamentos da base do Sindicato de Belo Horizonte. Às 12h30, concentraram-se em frente à agência da rua Tupinambás e seguiram em passeata até a agência Século do banco, na Praça Sete.

Neste primeiro dia de greve na Caixa Econômica Federal, os bancários fecharam no Espírito Santo quarenta unidades entre agências e PABs. Na Grande Vitória a paralisação foi de 100%. Todas as 26 unidades do banco fecharam, assim como os departamentos que funcionam no Edifício Castelo Branco, no Centro de Vitória. No interior, os bancários fecharam as agências de Colatina e São Silvano, Linhares, Nova Venécia, São Mateus, Alegre, as três unidades de Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Domingos Martins, Guarapari, Marataízes e Anchieta.

SUL
Oitenta unidades da Caixa Econômica Federal não funcionaram no Paraná. Aproximadamente 3 mil cruzaram os braços em todo o Estado. Em Curitiba e Região Metropolitana, mais de cinqüenta unidades ficaram fechadas. O auto-atendimento ficou aberto à população. A greve também atingiu os três centros administrativos da Caixa na capital (sedes I, II e na Rua Mauá) e 90% das agências da Região Metropolitana. No norte do Estado, a mobilização também foi grande. A paralisação atingiu as nove agências de Londrina, além de cinco postos de atendimentos. Também fecharam todas as agências da Caixa nos municípios de Assaí, Cambé, Ibiporã, Rolândia e Porecatu. No norte pioneiro, a paralisação atingiu os municípios de Cornélio Procópio, Cambará, Bandeirantes, Jacarezinho e Santo Antônio da Platina. O Sindicato dos Bancários de Apucarana e Região também confirmou paralisação nas agências da Caixa de Apucarana, Arapongas, Jandaia do Sul e Ivaiporã. Em Pitanga, na região central do Estado, os bancários também estão em greve e interromperam as atividades da Caixa Econômica Federal na cidade. Em Toledo, na região oeste, o Sindicato dos Bancários paralisou as atividades das duas agências da Caixa no município. Outras regiões do Estado aprovaram “estado de greve” e devem aderir à paralisação.

Em Santa Catarina, além dos bancários da Caixa, os trabalhadores do Besc também estão em greve. O primeiro dia de paralisação teve a adesão de quinze agências do Besc e quatorze da Caixa na base do Sindicato de Florianópolis e Região. Em Criciúma, todas as agências dos dois bancos pararam. Em Chapecó, os mesmo aconteceu com as duas agências da Caixa e as duas do Besc.

Em Porto Alegre, as primeiras horas de paralisação dos funcionários da Caixa Econômica Federal já mostram a forte mobilização da categoria. Das 48 agências de Porto Alegre e Região Metropolitana, 42 interromperam as atividades. Também pararam as atividades nas áreas meio, com adesão parcial ou total em todos os departamentos. A greve na Caixa também foi forte no interior do Estado, atingindo Cachoeira do Sul, Carazinho, Litoral Norte, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, São Borja, São Leopoldo, Uruguaiana e Vale do Paranhana.

Fonte: Contraf-CUT

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram