Greve dos bancários tem 279 agências fechadas no sétimo dia, em Porto Alegre

A assembleia de organização da greve dos bancários, na tarde da segunda-feira (12), no Clube do Comércio, definiu o calendário de mobilização da greve para acompanhar a mesa de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, nesta terça-feira (13, às 14h, em São Paulo. A pauta prevê que as atividades da greve dos bancários, nesta terça-feira, começam às 10h, com sessão de cinema. A partir das 14h, os bancários passam a acompanhar os desdobramentos da reunião em São Paulo.

No sétimo dia da greve dos bancários, 279 agências ficaram fechadas na área de abrangência do SindBancários. Em todo o Estado, foram 862 agências paralisadas.

O secretário-geral do SindBancários, Luciano Fetzner, participará nesta terça-feira, da mesa de negociação em São Paulo. “A nossa greve começou fortalecida e cresce a cada dia. Os bancários compreenderam que precisamos resistir e ampliar o movimento para conquistarmos aumento real. Há muita indignação nas agências e postos de trabalho. Os colegas conversam com a gente e dizem que estão dispostos a manter a greve até que os banqueiros ofereçam uma proposta decente”, disse Luciano.

“Os bancários precisam participar das atividades de rua e ficarem atentos a atos surpresas que vamos realizar. Chegou a hora da mobilização se fortalecer, de ampliar a nossa greve porque os representantes dos bancos só falam em crise e que não têm condições de melhorar a proposta”, acrescentou o presidente do SindBancários, Everton Gimenis.

Os cinco maiores bancos do país públicos e privados (Banco do Brasil, Caixa. Itaú, Bradesco e Santander) lucraram, juntos, no primeiro semestre deste ano R$ 29,7 bilhões. “Os bancos são o setor da economia que não sentiram nenhum problema de crise. Os lucros continuam estáveis, demonstram a saúde financeira dos bancos. Não há motivos para eles não atenderem a nossa reivindicação de aumento real”, afirmou Gimenis.

A segunda-feira foi de intensa atividade na greve dos bancários. Pela manhã, empregados da Caixa realizaram ato de mobilização em frente à Agência Querência da Caixa, na Praça da Alfândega. Ao meio-dia, os bancários em greve participaram de Ato de aniversário de 88 anos do Banrisul e em Defesa do Patrimônio Público. A concentração ocorreu em frente à Agência Central do Banrisul. Os bancários soltaram balões, dividiram o bolo da resistência do aniversário do Banrisul e fizeram um abraço simbólico no prédio da Direção Geral (DG). Após os atos, a Caminhada dos Bancários foi até o Palácio Piratini, onde dirigentes sindicais cobraram transparência e manutenção do plebiscito, previsto na Constituição Estadual (artigo 22), para democratizar o debate com a população sobre privatização de empresas públicas. Os dirigentes foram recebidos pelo secretário-adjunto da Casa Civil, José Guilherme Kliemann, e deixaram claras suas posições contrárias a privatização do patrimônio público. Também solicitaram gestões do governo do Estado sobre a reabertura de mesas de negociação com a diretoria do Banrisul.

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