“Fora Temer” entoou em todo o país no Dia Nacional de Paralisação contra as Reformas da Previdência, Trabalhista, e a retirada de direitos

Os bancários de todo o Brasil se uniram com diversas categorias da classe trabalhadora nesta quarta-feira (15), no Dia Nacional de Paralisação contra as Reformas da Previdência, Trabalhista, e a retirada de direitos dos trabalhadores. ‘Fora Temer’ ecoou nos quatro cantos do país durante as manifestações. Mais de 200 mil trabalhadores e trabalhadoras se manifestaram na capital paulista contra o governo ilegítimo de Temer.

O dia começou com manifestações nas principais vias do país, paralisações dos transportes públicos, fechamento de agências bancárias e greves de diversas categorias em várias cidades brasileiras. À tarde, grandes atos públicos foram realizados nas principais avenidas. As mobilizações foram organizadas pelas centrais sindicais, movimentos sociais e integrantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo para pressionar o governo ilegítimo de Temer (PMDB) e o Congresso Nacional a suspenderem a tramitação das reformas que trarão prejuízos à classe trabalhadora.

“Hoje foi um dia histórico da classe trabalhadora, um dia que todas as categorias se uniram para dizer peremptoriamente que somos contra a reforma da previdência. A reforma que somos a favor é a reforma da presidência, nós queremos fora Temer. Desde o começo do dia de hoje, a nossa Confederação acompanhou a movimentação dos bancários no Brasil todo. De norte a sul os bancários paralisaram agências. Disseram que não concordam com a Reforma da Previdência, disseram que são contra a Reforma Trabalhista e que são contra a privatização dos bancos públicos, que está em curso também no Brasil hoje. Essas coisas só estão acontecendo porque houve um golpe que retirou a presidenta Dilma e colocou no seu lugar um presidente golpista. Hoje, está claro que a população brasileira não concorda com esse modelo de governo e quer imediatamente Fora golpe, fora golpista, fora Temer”, exclamou o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.

Bancários na luta

A categoria bancária demonstrou unidade e mobilização mais uma vez e atendeu ao chamado da Contraf-CUT, Federações e Sindicatos para tomar as ruas contra os ataques aos trabalhadores. Em várias cidades houve paralisações das atividades em agências e complexos administrativos dos bancos públicos e privados, com grande adesão dos funcionários e funcionárias.

A comunicação da Contraf-CUT fez uma grande cobertura da participação da categoria nas manifestações.

Clique aqui e veja a galeria de fotos do dia. Confira no nosso site as reportagens enviadas pelos sindicatos.

"Os trabalhadores estão reagindo e têm de reagir mesmo, porque senão morrem sem se aposentar", disse Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo. "O que está em jogo é o fim da aposentadoria, o fim dos direitos trabalhistas, da CLT, de tudo que conquistamos. Não podemos permitir que isso aconteça e este movimento é uma reação dos bancários e das outras categorias ".

Entre os principais pontos contestados pelos manifestantes estão o estabelecimento de idade mínima de 65 anos para requerer aposentadoria, igual para homens e mulheres, e os  49 anos de contribuição exigidos para acessar a aposentadoria integral, além de impactos negativos que a reforma proposta por Temer causará entre trabalhadores e trabalhadoras rurais. Movimentos sociais e centrais sindicais consideram que a reforma acaba com a possibilidade da maior parte da população conseguir se aposentar, abrindo espaço para os bancos oferecerem planos de previdência privada.

Os trabalhadores também ressaltaram que o argumento do governo Temer sobre o déficit na Previdência é falacioso, já que desconsidera que o orçamento da Seguridade Social contempla previdência, assistência social e saúde, e não apenas o pagamento dos benefícios previdenciários. Outro ponto destacado pelos opositores da reforma é que há muitas desonerações aplicadas pelo governo federal que reduzem o montante arrecadado pela Previdência, além de dívidas da ordem de R$ 487 bilhões.

 

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