Empregados se mobilizam contra o desmonte da Caixa

A manifestação faz parte do calendário de mobilização nacional da categoria, definido no 35º Conecef

Os empregados da Caixa de todo o Brasil realizaram, nesta quarta-feira (4), um Dia Nacional de Luta contra o desmonte da Caixa. A manifestação faz parte do calendário de mobilização nacional da categoria, definido no 35º Conecef, para denunciar as medidas da atual gestão, comandada por Pedro Guimarães, presidente do banco, e orientadas pelo governo Jair Bolsonaro.

“Aprovamos no 35° CONECEF um calendário de lutas em defesa da Caixa 100% Pública e também na defesa dos empregados e seus direitos. Infelizmente, a gestão da empresa hoje é feita pelo medo. Desestruturação de unidades e áreas e profundo desrespeito aos empregados. Vamos continuar conscientizando e mobilização. A luta é de todos os empregados!”, declarou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura e representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco.

Os empregados da Caixa não aceitam a discriminação praticada pela direção do banco, que impede novos funcionários de acessarem o Saúde Caixa, por isso, reivindicam o Saúde Caixa para todos, pauta que é prioritária nas negociações da mesa permanente. Eles ainda criticam os processos de reestruturação, que ameaçam transferir funcionários de forma arbitrária, centralizar e extinguir setores. As medidas caracterizam intenção de esvaziar a Caixa, enxugando o banco para uma possível privatização.

O ato também serviu para mobilizar bancários e a sociedade em defesa da Caixa 100% pública. O governo federal já anunciou interesse em privatizar setores importantes do banco, como cartões, assets e a gestão do FGTS, além das loterias, cujo leilão foi reagendado para o dia 22 de outubro.

Para os empregados, a única forma de garantir que a Caixa continue desempenhando sua função social é manter o banco 100% público, como patrimônio de brasileiros e brasileiras. Hoje, a Caixa é o um dos principais agentes do desenvolvimento socioeconômico no país. O banco detém quase 70% do crédito habitacional total e 90% do crédito para habitação popular. Também é reconhecido como o banco da infraestrutura, o único que leva saneamento básico, energia e infraestrutura urbana aos municípios mais distantes, ao financiar investimentos nesses setores. É ainda responsável pela gestão de programas de proteção ao trabalhador, como seguro-desemprego, abono-salarial, FGTS e PIS, entre outros benefícios.

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