Empregados do BB protestam contra práticas antissindicais em Teresina

Os sindicalistas ressaltaram a existência de perseguição dos dirigentes do BB

Os funcionários do Banco do Brasil da agência da Rua Álvaro Mendes, no Centro de Teresina, participaram na manhã desta quarta-feira (29), das 8h às 10h, do Dia Nacional de Luta contra práticas antissindicais do BB.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Arimatea Passos, ressaltou a existência de perseguição dos dirigentes do BB contra funcionários que participam de movimento grevista, bem como aqueles que desejam fazer carreira dentro do banco. “A greve é uma prática sindical, constitucional e é legal”, diz.

Ele deixou claro que a manifestação não era para chamar greve, mas contra práticas antissindicais do Banco. “O banco precisa avançar nas ações de melhoria salarial e condições de trabalho.”

Por sua vez, o diretor João Neto reforçou que o Dia de Luta aconteceu em todo o Brasil. O sindicalista fez um breve relato sobre a história do movimento sindical e reforçou a importância da categoria estar unida em todos os momentos. Também mencionou os acordos coletivos dos patrões que nunca beneficiam os trabalhadores.

“Vamos mostrar nossa grande campanha, greve e manifestações. Os patrões também têm sindicato mobilizado para neutralizar a participação dos trabalhadores nas mobilizações como esta”, reforça o diretor, acrescentando que o movimento bancário deve se manter sempre organizado para lutar por seus objetivos.

João Neto esclareceu que as práticas antissindicais se transformaram em assédio moral, problema este que vem sendo motivo de constantes denúncias junto ao SEEBF-PI. Falou também sobre o impasse quanto a crise no plano de saúde Cassi, diante do descredenciamento de vários médicos e clinicas, bem como a forma que o BB quer impor no que diz respeito a ascensão de carreira dos seus funcionários. “Só há uma forma de conquista para o que estamos lutando: “Somente com mobilização, garra e luta”, resume, enfatizando que é preciso fazer novas conquistas, mas sem sofrer humilhação por parte dos patrões.

Sobre as comissões, João Neto disse que elas dependem muito da vontade do patrão. “Ele dá comissão, mas também retira comissão na hora que bem entender. Sem contar que faz ameaça para aquele que participar da greve dos bancários”.

O sindicalista alertou a categoria para necessidade de deflagrar a greve, prevista para setembro ou outubro próximo, convocando todos para se engajarem na mobilização. “Se preparem, porque vai ser preciso muita luta”, avalia, argumentando que são os trabalhadores e trabalhadoras que fazem a greve. “O sindicato garante suporte e atuação nas negociações”.

O diretor José Ulisses reiterou o discurso de João Neto sobre a prática de assédio, “e se preciso for vamos entrar contra o Banco do Brasil junto ao Ministério Público”.

Defendendo a mobilização da categoria, ele frisa que tudo só se conquista com muito trabalho e dedicação. “Não vamos ficar calados. Vamos ter que paralisar, caso contrário, a campanha não avança. Até porque, a cada ano as campanhas ficam mais difíceis. Mas não vamos desistir e sim lutar”, conclui Ulisses.

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